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Pesquisa por Periodicos CAPES
 
     
 
Título:  
  Categorias que constituem a compreensão do humano e os enlaces entre consciência, subjetividade e significação na abordagem vigotskiana
Autor:  
  Adjuto de Eudes Fabri   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  PUC/SP/PSICOLOGIA (PSICOLOGIA SOCIAL)
Área Conhecimento  
  PSICOLOGIA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  1.138
Resumo  
  Esta tese desenvolve um ensaio teórico referente à materialidade do signo como princípio de vinculação dialética entre a constituição histórica das tramas sociais e a emergência da subjetividade humana. Sugere a necessidade de que a crítica aos princípios materiais das sociedades contemporâneas inclua uma reflexão sobre os processos sígnicos vinculados a uma crítica das relações sociais concretas. Recorre-se especialmente aos trabalhos de L. S. Vigotski; na análise das categorias que constituem a compreensão do humano e nos enlaces entre consciência; subjetividade e significação; tomados na perspectiva de sua gênese e de suas contradições. Este estudo apresenta importantes autores que vinculam-se a uma tradição marxista; como Vigotski; Wallon e Bakhtin. Assim; uma contrapalavra traz à baila vozes alheias para compor o diálogo; a compreensão; o texto. As vozes que aqui estão ecoam a partir da abordagem vigotskiana; ao seu redor; atravessando-a; ou contrapondo-a. A questão da subjetividade não só atravessa a metodologia deste trabalho; mas se relaciona à própria natureza de seu objeto. A palavra de um pesquisador não é realidade abstrata; isolada das condições e contradições concretas de sua existência. O mesmo pesquisador; buscando a especificidade da subjetividade humana; passa a reconhecer-se; em seu próprio trabalho; como um caso particular da generalidade que procura pronunciar à sociedade. Diversos autores contemporâneos têm apostado na atualidade das vozes vigotskianas; como contribuição efetiva ao estudo da constituição social da singularidade humana. Assim; esta tese procura realizar um deslocamento com relação à tradicional prioridade da lógica sobre os desvios da vida humana concreta; encarnada. Além disso; cabe desdobrar a tese da materialidade do signo em suas nuances e contradições. Para tanto temos ouvido vozes vigotskianas; e confrontado o estudo da gênese da consciência com uma investigação sobre a constituição da subjetividade. A consciência não abrange toda subjetividade e a significação não se resume à palavra. O problema passa a ser então o de conceber palavra e consciência não como estruturas isoladas ou abstratas; mas como movimento histórico; concreto e constitutivo. Nesta leitura; a perspectiva genética torna-se um princípio metodológico fundamental; vinculando aquelas instâncias em sua materialidade. A gênese é este movimento dialético poético em que o mesmo se faz outro e o idêntico se contradiz. A tese da materialidade do signo permite tratar de um outro patamar as relações entre as tramas sociais e a constituição da subjetividade. O signo enquanto fragmento material da realidade coloca-se como uma dimensão concreta das lutas sociais e da constituição do humano. Esta tese não será suficiente para materializar uma densa psicologia concreta do homem. Mas pode falar em nome de um projeto que vá em sua direção. As palavras de uma nova psicologia haverão de atuar justamente nessas instâncias. Tal dissemelhança marca um duelo entre o que sonhamos e o que vivemos. Cabe buscar-se saídas que não sejam de simplificação nem de reducionismo. Será saudável e desejável construir e aprender novas palavras; enquanto vamos tropeçando nelas. E novas palavras serão sempre citações tanto quanto aquelas que já nos são próprias; pois mesmo estas também foram novas um dia. O desafio fundamental permanecerá sendo o de torná-las mais belas.
     
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