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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
1,95
MB
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Título: |
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Práticas letradas guarani: produção e usos da escrita indígena (séculos XVII e XVIII) |
Autor: |
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Eduardo Santos Neumann
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFRJ/HISTÓRIA SOCIAL |
Área Conhecimento |
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HISTÓRIA |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2005 |
Acessos: |
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766 |
Resumo |
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Este trabalho analisa os usos; funções e práticas da escrita indígena nas reduções do Paraguai nos séculos XVII e XVIII. A pesquisa visa demonstrar o valor conferido à escrita pelos Guarani como uma adesão às regras do jogo político e às estratégias de negociação; através do domínio dos códigos escritos. Os documentos redigídos em guarani e; posteriormente; em espanhol; possibilitam examinar a difusão da escrita nas reduções.
A instrução letrada; indissociável da catequese promovida nas reduções proporcionou aos índios missioneiros as condições para produzirem novas formas de expressão. Através das atividades religiosas e administrativas; houve um convívio com as práticas letradas que produziram efeitos sobre toda coletividade. A alfabetização nas reduções esteve limitada aos índios mais aptos ou de maior confiança dos missionários; ou seja; àqueles que integravam a elite missioneira. O que se propõe analisar são os aspectos relacionados à escrita como uma prática sociocultural; demonstrando em que circunstâncias os Guarani fizeram uso da habilidade gráfica ou recorreram à aptidão de outros para produzirem relatos.
O intenso uso da escrita por parte dos Guarani letrados foi verificado a partir da celebração do Tratado de Madri; em 1750; pelas monarquias ibéricas. Este fato desencadeou a reação escrita desses indígenas que; como mecanismo de protesto; redigiram vários textos; esgrimindo argumentos contrários à execução da permuta das missões orientais pela Colônia do Sacramento. Com início dos trabalhos de demarcação e o rompimento da aliança que sustentava as relações entre as lideranças indígenas e os jesuítas; os Guarani destinaram à escrita uma finalidade política ; como instrumento de seu alto governo. Através do envio de cartas e bilhetes; procuraram estabelecer redes de comunicação e organizar a resistência missioneira diante da presença da comissões demarcadoras. Após a expulsão dos jesuítas; a capacidade alfabética se apresenta de maneira desvinculada da reescrita religiosa. O conhecimento da regras epistolgráficas permitiu aos índios estabelecer canais de comunicação diretamente com a administração colonial. Através do envio de cartas e memoriais; procuravam atuar dentro do legalismo das regras escritas. |
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