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Título:  
  O componente arbóreo de dois trechos de floresta ombrófila densa Aluvial em solos hidromórficos, Guaraqueçaba, Paraná
Autor:  
  Renata Ribas Zacarias   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFPR/ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO
Área Conhecimento  
  ECOLOGIA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  1.045
Resumo  
  O presente trabalho objetivou caracterizar o componente arbóreo de dois trechos da Floresta Ombrófila Densa Aluvial; localizados na Reserva Natural Serra do Itaqui; município de Guaraqueçaba; estado do Paraná. A composição específica e estrutura da vegetação foram relacionadas a variáveis ambientais com ênfase em solos; relevo e profundidade do lençol freático. Amostras de solos foram coletadas para a análise das características físico-químicas e um estudo do relevo permitiu inferir sobre a diferença de altitude entre os sítios estudados. Valores médios da profundidade do lenço freático; por estação climática; foram determinados através de monitoramento realizado em poços hídricos. Todos os indivíduos arbóreos com PAP > 15 cm foram amostrados em 32 parcelas de 100 m2 cada; tendo sido instaladas 16 parcelas em cada sítio estudado. Ambos os compartimentos apresentaram uma associação entre Gleissolo Háplico e Gleissolo Melânico. A diferença altitudinal registrada entre os sítios; foi de cerca de um metro; o que configura uma zona abaciada de maior convergência hídrica na área situada em terreno de menor altitude. As leituras da profundidade do lençol freático também confirmaram a maior saturação hídrica para o compartimento em menor altitude; onde foi registrada a ocorrência de alagamentos durante a estação chuvosa (verão). Assim; os sítios foram denominados de Gleissolo mal drenado e Gleissolo muito mal drenado. No total; foram identificadas 81 espécies distribuídas em 31 famílias. A estrutura da vegetação não variou entre os compartimentos; exceto em relação à altura média do componente arbóreo; que é maior na área de menor saturação hídrica. A espécie de maior importância em Gleissolo mal drenado foi Pera glabrata (VI = 39;63); presente em todas as parcelas; com representantes de médio a grande porte. O segundo maior valor de importância foi para Psychotria nuda que; com seus indivíduos de pequeno porte; domina o subosque. Em seguida encontram-se Psidium cattleianum; Eugenia cf. blastantha; árvores mortas; Tapirira guianensis; Syagrus romanzoffiana; Andira anthelmia; Euterpe edulis e Calophyllum brasiliense. A espécie de maior importância em Gleissolo muito mal drenado foi Tabebuia cassinoides (VI = 57;8); que com elevadas densidade; freqüência e dominância; também apresentou o maior valor de cobertura. Em seguida tem-se Psidium cattleianum; Syagrus romanzoffiana; Tibouchina trichopoda; Tabebuia umbellata; Calophyllum brasiliense; árvores mortas; Ocotea pulchella; Andira anthelmia e Ilex pseudobuxus. Todas as espécies mencionadas são adaptadas a certo grau de hidromorfia; sendo algumas bastante tolerantes aos solos saturados por água durante longos períodos; como P. cattleianum; C. brasiliense e T. umbellata; ou até mesmo exclusivas de terrenos brejosos; como T. cassinoides. A família de maior riqueza nos dois compartimentos foi Myrtaceae; que; em Gleissolo mal drenado; perde em importância para Rubiaceae devido à elevada densidade de P. nuda e em Gleissolo muito mal drenado foi superada por Bignoniaceae em virtude da alta densidade de T. cassinoides. Conforme esperado; menor riqueza e diversidade foram detectadas em Gleissolo muito mal drenado. Todavia; poucas espécies são bem adaptadas às limitações ambientais causadas pelo excesso de água no substrato. Dentre as espécies descritas; apenas 24 foram comuns às duas áreas. As espécies de distribuição mais ampla; pouco interferem na estrutura das comunidades ou são mais expressivas em uma delas; sugerindo melhor adaptação às condições ambientais do local. Em razão da proximidade geográfica; das similaridades climáticas e de solo existente entre as comunidades estudadas; o principal fator determinante da estrutura e composição florística parece estar intimamente relacionado à condição de drenagem do solo; que neste caso está diretamente associada à topografia da região.
     
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