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Título:  
  Alice na biblioteca mágica: uma leitura sobre o diagnóstico e a escolarização de crianças com autismo e psicose infantil
Autor:  
  Carla Karnoppi Vasques   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFRGS/EDUCAÇÃO
Área Conhecimento  
  EDUCAÇÃO
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2003
Acessos:  
  4.047
Resumo  
  Na construção de processos inclusivos encontram-se obstáculos relativos aos supostos limites e possibilidades de escolarização de crianças e adolescentes com autismo e psicose infantil. Em conseqüência de sua estruturação psíquica singular; estes sujeitos apresentam comportamentos estereotipados; falas descontextualizadas; escritas e leituras presas na literalidade ou com sentido errante. Tais diferenças são; constantemente; percebidas como impedimentos para a educação escolar; justificando-se; assim; a ausência de escolarização ou o encaminhamento para espaços reeducativos; com vistas à adaptação comportamental. Pretende-se contribuir para a construção de um novo olhar sobre esses sujeitos e suas possibilidades subjetivas e educacionais. Para tanto; optou-se por analisar o conhecimento acadêmico-científico; dissertações e teses; produzido nos programas de pós-graduação brasileiros; de 1978 a 2006. Foram identificadas 264 pesquisas. Um primeiro gesto de leitura mapeou as diversas áreas envolvidas e a singularidade do debate instituído. Pode-se dizer que a principal pergunta é pelo diagnóstico e a etiologia; modo pelo qual se formaliza a questão sobre quem são esses sujeitos e de onde derivam as múltiplas propostas terapêuticas e educacionais. Como lentes teóricas têm-se as proposições da educação inclusiva em diálogo com a psicanálise freudo-lacaniana e a hermenêutica filosófica. A presente tese narra a construção de um percurso investigativo; do inventário enciclopédico à invenção de uma leitura. Parte-se da premissa de que existe uma centralidade do diagnóstico na condução dos percursos educacionais de crianças com autismo e psicose infantil. Freqüentemente; o diagnóstico é identificado com o ato de desvelar e/ou decodificar. Defende-se que a relação diagnóstico-escolarização implica a construção de uma leitura; a invenção de possibilidades. Não sendo possível determinar a veracidade das diferentes teorias; o processo de escolarização inclui um não-saber constitutivo. Como não há um percurso pré-estabelecido; garantido e antecipado pelo diagnóstico; o professor e a escola responsabilizam-se por suas escolhas; visando à experiência escolar de seu aluno. Daí a base de sua conduta ser ética; em lugar de um método ou técnica. Do impossível de saber ao contingencial do ser constroem-se as possibilidades de escolarização.
     
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