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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
2.11
MB
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Título: |
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Alice na biblioteca mágica: uma leitura sobre o diagnóstico e a escolarização de crianças com autismo e psicose infantil |
Autor: |
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Carla Karnoppi Vasques
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFRGS/EDUCAÇÃO |
Área Conhecimento |
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EDUCAÇÃO |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2003 |
Acessos: |
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4,230 |
Resumo |
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Na construção de processos inclusivos encontram-se obstáculos relativos aos supostos limites e possibilidades de escolarização de crianças e adolescentes com autismo e psicose infantil. Em conseqüência de sua estruturação psíquica singular; estes sujeitos apresentam comportamentos estereotipados; falas descontextualizadas; escritas e leituras presas na literalidade ou com sentido errante. Tais diferenças são; constantemente; percebidas como impedimentos para a educação escolar; justificando-se; assim; a ausência de escolarização ou o encaminhamento para espaços reeducativos; com vistas à adaptação comportamental. Pretende-se contribuir para a construção de um novo olhar sobre esses sujeitos e suas possibilidades subjetivas e educacionais. Para tanto; optou-se por analisar o conhecimento acadêmico-científico; dissertações e teses; produzido nos programas de pós-graduação brasileiros; de 1978 a 2006. Foram identificadas 264 pesquisas. Um primeiro gesto de leitura mapeou as diversas áreas envolvidas e a singularidade do debate instituído. Pode-se dizer que a principal pergunta é pelo diagnóstico e a etiologia; modo pelo qual se formaliza a questão sobre quem são esses sujeitos e de onde derivam as múltiplas propostas terapêuticas e educacionais. Como lentes teóricas têm-se as proposições da educação inclusiva em diálogo com a psicanálise freudo-lacaniana e a hermenêutica filosófica. A presente tese narra a construção de um percurso investigativo; do inventário enciclopédico à invenção de uma leitura. Parte-se da premissa de que existe uma centralidade do diagnóstico na condução dos percursos educacionais de crianças com autismo e psicose infantil. Freqüentemente; o diagnóstico é identificado com o ato de desvelar e/ou decodificar. Defende-se que a relação diagnóstico-escolarização implica a construção de uma leitura; a invenção de possibilidades. Não sendo possível determinar a veracidade das diferentes teorias; o processo de escolarização inclui um não-saber constitutivo. Como não há um percurso pré-estabelecido; garantido e antecipado pelo diagnóstico; o professor e a escola responsabilizam-se por suas escolhas; visando à experiência escolar de seu aluno. Daí a base de sua conduta ser ética; em lugar de um método ou técnica. Do impossível de saber ao contingencial do ser constroem-se as possibilidades de escolarização. |
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