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Título:  
  De menor a criança, de criança a filho: discursos de adoção
Autor:  
  Lygia Santa Maria Ayres   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UERJ/PSICOLOGIA SOCIAL
Área Conhecimento  
  PSICOLOGIA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2005
Acessos:  
  559
Resumo  
  A presente tese teve como objetivo primordial cartografar e analisar algumas instituições e mitos que potencializaram; no contexto do estado do Rio de Janeiro; a emergência e a legitimação da prática da “adoção-pronta”. Por “adoção-pronta”; entendemos as solicitações de adoções que aportam nos Juizados da Infância e da Juventude como fato consumado; isto é; a criança a ser adotada já se encontra; concretamente; com os requerentes que pretendem regularizar uma situação instituída. Essa medida; via de regra; sustenta-se num tripé: uma mãe que entrega; um casal que acolhe e discursos de especialistas; dentre eles; psicólogos e assistentes sociais; que ratificam tal relação. A amostragem da pesquisa foi composta por dez processos de “adoção-pronta”; sendo cinco na vigência do Código de Menores e cinco sob a ótica do Estatuto da Criança e do Adolescente. A genealogia histórica de Foucault; as ferramentas da Análise Institucional bem como a Análise e a Ordem do Discurso de Orlandi e Foucault foram; nesse percurso; os recortes metodológicos priorizados. As análises permitiram constatar que são pobres; jovens; solteiras e empregadas domésticas as mulheres-mães que entregam seus filhos em adoção. Os que acolhem; em sua maioria; são legalmente casados; economicamente ativos; possuem filhos e; não mantém com a mãe biológica; laços de parentalidade. Os laudos técnicos; via de regra; têm colocado; na mãe pobre; a responsabilidade e a autonomia pelo ato de entrega e; portanto; vêm funcionando como instrumentos de produção e sustentação de subjetividades; tais como a de “mãe desnaturada”. Em síntese; as análises nos possibilitaram concluir que os discursos dos especialistas longe de afirmarem a ineficácia das políticas públicas como co-autoras dos processos de destituição do poder familiar; vêm afirmando a “adoção-pronta” como prática de repercussão pública; isto é; enquanto uma “solução-alternativa” ao quadro de pobreza de cidadania.
     
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