Título: |
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A luta do MST no capitalismo como uma prática
educativa com perspectiva de desenvolvimento:
a institucionalização da escola itinerante e a
provisoriedade do acampamento |
Autor: |
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Charles Luiz Policena Luciano
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UNISC/DESENVOLVIMENTO REGIONAL |
Área Conhecimento |
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PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2007 |
Acessos: |
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423 |
Resumo |
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O tema de pesquisa que investigamos é a educação no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Nosso objetivo principal foi analisar as características e contradições das práticas educativas realizadas nos acampamentos; que visam a transformação das estruturas do capitalismo para uma nova configuração de desenvolvimento regional/local. Analisamos essas práticas no contexto das relações políticas; enfocando especialmente a questão da democracia na forma como está estruturada a organização dos sem-terra. No contexto; discutimos os conceitos sobre desenvolvimento regional; globalização e capitalismo; para apresentar o MST e conceituar classes sociais; democracia e sociedade civil. Nas análises; descrevemos as relações entre educação e Estado; e as práticas educativas do movimento. O materialismo histórico ofereceu as bases teóricas às análises e ao referencial teórico. Em termos metodológicos; através da observação participante analisamos as práticas educativas dos sem-terra em dois acampamentos. Foi possível observar o cotidiano dos acampamentos; desde as conversas informais até os eventos de âmbito estadual; e realizamos entrevistas semi-estruturadas com os educadores; alunos; pais e líderes. Os resultados a que chegamos demonstram que a provisoriedade dos acampamentos é uma condição necessária para os sem-terra desenvolverem suas mobilizações. E; quando o acampamento diminui essa condição; ocorre na mesma medida a diminuição das lutas. Já; a institucionalização das lutas guarda relação com os direitos sociais conquistados pelos sem-terra; como foi o reconhecimento legal da Escola Itinerante; em 1996; pelo Estado. Neste caso; a institucionalização confere um formato ao caráter espontâneo das lutas dos sem-terra. E o Estado; ao conceder esses direitos aos trabalhadores; tende a impor normas que burocratizam as práticas sociais. Assim; a institucionalização da escola no acampamento que diminui sua provisoriedade faz com que as práticas educativas transformadoras dêem lugar à práticas mais convencionais; tornando a educação um veículo de mediação da hegemonia; sendo essa uma contradição essencial que perpassa a problemática investigada. |
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