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Título:  
  A Representação Juvenil do Desenvolvimento Regional
Autor:  
  Carina Santos de Almeida   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UNISC/DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Área Conhecimento  
  PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  485
Resumo  
  Este trabalho refere-se a uma pesquisa desenvolvida durante a realização do Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade de Santa Cruz do Sul/UNISC/RS. Seu objetivo foi analisar como a percepção do desenvolvimento regional; por meio da herança patrimonial dos jovens migrantes e de segunda geração residentes em Santa Cruz do Sul (RS); pode condicionar a auto-percepção destes jovens enquanto atores sociais do desenvolvimento. A transmissão da herança patrimonial (memória coletiva) de uma comunidade está articulada com a condição de homo situs e seu habitus social; as cidades de porte médio configuram-se pólos atrativos à mobilidade espacial; e a composição socioeconômica; étnica e cultural destas sociedades podem se alterar à medida que novos atores do desenvolvimento passam a integrar a sociedade. A herança patrimonial pode ser afetada quando as novas gerações são compostas; em sua maioria; por jovens migrantes; sem maiores vínculos com o patrimônio simbólico da sociedade de destino. O desenvolvimento regional compreende os jovens herdeiros e/ou provindos da mobilidade espacial; por intermédio de aspectos simbólicos relativos à articulação entre passado; presente e futuro na comunidade hospedeira. A coleta de dados foi realizada a partir da aplicação de um formulário (entrevista individual); e por meio da participação de quarenta jovens migrantes e de segunda geração voluntários para a constituição de cinco grupos focais; situados em cinco escolas de ensino médio de Santa Cruz do Sul (RS); no decorrer de 2007; quando se discutiu a percepção do desenvolvimento regional. As escolas se localizam em bairros distintos e atendem estudantes de diversos estratos sociais urbanos; sendo quatro escolas da rede pública e uma da rede particular de ensino. As entrevistas coletivas foram transcritas; textualizadas e transformadas em documento escrito. Os dados qualitativos foram submetidos à análise da metodologia da História Oral; por meio da técnica focus group. A memória do desenvolvimento mostrou-se relacionada com a situação socioeconômica e cultural dos jovens na medida em que estes se situam a partir dos distintos espaços que ocupam e transitam no tecido urbano e das noções de pertencimento para narrar o desenvolvimento local por meio da herança patrimonial (transmitida de forma oral e a partir dos vínculos intergeracionais e dos eventos comemorativos). Os narradores juvenis são influenciados pelas relações familiares; pela questão monoparental e pelo processo migratório; assim; a história e a memória dos jovens estão baseadas no presentismo; na trajetória juvenil e indicou um “hiato de memória”. A ausência de diálogo geracional familiar e local evidenciou dificuldades de filiação por parte dos jovens; especialmente migrantes; pois eles não se perceberam como herdeiros do patrimônio simbólico e da herança imaterial da cidade; a fala de alguns acusou uma “violência simbólica”; quando suas narrativas apontam para uma auto-exclusão em relação à sociedade acolhedora. A memória de Santa Cruz do Sul se refere à tríade colonização alemã; industrialização do fumo e desenvolvimento regional. A percepção dos jovens sobre o desenvolvimento regional esteve sempre balizada por essa memória transmitida oralmente no círculo social dos jovens; mas também pelos meios de comunicação. Por fim; os jovens entrevistados se percebiam enquanto atores do desenvolvimento quando havia um “projeto de vida” vinculado aos “campos de possibilidades” do local. Com isso; esta pesquisa vem a contribuir aos estudos sobre o desenvolvimento regional no Brasil meridional; bem como para a prospecção de compreensão das distintas realidades regionais e suas implicações ao desenvolvimento; por meio da percepção de jovens atores sociais.
     
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