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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
555.75
KB
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Título: |
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Natureza humana e moralidade: sobre o lugar e o papel da antropologia na Filosofia moral de Kant |
Autor: |
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Jocieli Jorge Gaboardi
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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PUC/RS/FILOSOFIA |
Área Conhecimento |
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FILOSOFIA |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2008 |
Acessos: |
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2,007 |
Resumo |
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O presente estudo tem como objetivo compreender qual o lugar e que papel exerce a antropologia dentro do pensamento moral de Kant. Toma-se como ponto de partida a afirmação do filósofo na sua Lógica (1800); onde se lê que a resposta à pergunta que é o homem? responde também a outras perguntas; tanto de natureza metafísica e religiosa; quanto moral (1992; p. 42; Ak 25). Com tal afirmação; Kant atribui à antropologia grande responsabilidade; pois a coloca como ponto indispensável por onde passaria o conhecimento daqueles três saberes. Todavia; a exigência do modelo kantiano de fundamentação a priori da moralidade parece apresentar-se como uma barreira ao desenvolvimento do conhecimento que ofereceria respostas àquela última dimensão. A partir dessa dificuldade; busca-se compreender; em primeiro lugar; por que Kant elevou a antropologia a tal status; haja vista a prescrição da Fundamentação da metafísica dos costumes (1785); que exige a não-adição de quaisquer elementos empíricos; inclusive antropológicos; para levar a cabo os seus esforços. Para isso; investiga-se; em segundo lugar; o tipo de relação que a antropologia estabelece com a filosofia moral e mostra-se a especificidade do método da antropologia kantiana; o qual assegura a essa um lugar no domínio de aplicação da moral. No decurso do texto; faz-se um resgate de parte das obras Idéia de uma história universal com um propósito cosmopolita; de 1784; Religião nos limites da simples razão; de 1793; e O conflito das faculdades; de 1798 (a); analisando-as e tentando mostrar que todas possuem em comum uma análise pragmática da natureza humana. Esse modo de análise vai-se desenvolvendo até culminar no texto de 1798 (b); Antropologia de um ponto de vista pragmático; no qual Kant; entre outras coisas; retoma as teses fundamentais daqueles escritos. Por fim; conclui-se que houve um alargamento no modo de Kant conceber a tarefa do estudo filosófico sobre a natureza humana do texto de 1784 até o texto de 1798b. Graças a essa expansão; expressa fundamentalmente no aprimoramento do seu ponto de vista sobre a relação homem e mundo; Kant não se distanciou dos propósitos de sua filosofia crítica pelo fato de atribuir à antropologia um modo investigativo pragmático. Com isso; ao mesmo tempo; ele abriu caminho para uma nova maneira de abordar as relações éticas. Por meio da antropologia; tornou-se possível pensar tanto regras práticas; que orientam qual a maneira mais adequada de se chegar ao fim moral desejado; quanto regras teóricas; que dizem qual é o fim mais adequado; ao qual todo homem pode e deve se sujeitar. Ao evidenciar aspectos favoráveis e desfavoráveis à execução daquelas regras; a antropologia pragmática põe-se; assim; como a fundamental aliada do projeto de moralidade de Kant. |
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