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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
584,60
KB
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Título: |
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O Indianismo e o problema da identidade nacional em A lágrima de um Caeté, de Nisia Floresta |
Autor: |
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Stélio Torquato Lima
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFPB/J.P./LETRAS |
Área Conhecimento |
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LETRAS |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2008 |
Acessos: |
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1.353 |
Resumo |
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O período romântico configurou-se no Brasil em uma etapa relevante do processo
de construção de nossa identidade nacional. Instaurando-se no país pouco depois
da Independência; o Romantismo foi marcado pelo esforço de nossos escritores de
erigirem os símbolos que nos identificariam frente às demais nações. É nessa
perspectiva que a autora potiguar Nísia Floresta (1810-1885) desenvolveu uma
interessante reflexão sobre a identidade brasileira em A lágrima de um caeté; longo
poema escrito em 1849 e através do qual Nísia manifestou sua aspiração
republicana. Mostrando-se simpática ao levante praieiro; ao mesmo tempo em que
confere o papel de antagonista às tropas imperiais; Nísia Floresta utiliza-se do
indianismo na referida obra como um modelo estruturante de um discurso através do
qual ela expressa sua posição política. A despeito disso; cumpre destacar que o
poema em foco é também marcado por desacordos entre as intenções humanitárias
de Nísia Floresta e o lugar de onde ela emitia seu discurso; considerando a condição
da escritora como uma representante da classe dominante e uma intelectual de uma
nação periférica. Nesse contexto; este trabalho é desenvolvido tendo como horizonte
de análise a hipótese de que o retrato do índio presente em A lágrima de um caeté
termina por se coadunar com o pensamento majoritário das elites brasileiras em
relação ao problema da identidade nacional. Na análise da questão da identidade
nacional em A lágrima de um caeté; nos orientamos por um entendimento da nação
como uma construção discursiva e ideológica; tal como defendem teóricos como Eric
Hobsbawn; Benedict Anderson e Homi Bhabha. Por outro lado; as postulações
teóricas de Mikhail Bakhtin; com ênfase para os conceitos de dialogismo e polifonia;
nos permitiram compreender como a relação entre as vozes em conflito do poema
nisiano evidenciam as contingências sócio-históricas que dificultavam; na primeira
metade do século XIX; a construção de uma identidade nacional que pudesse dar
conta da diversidade cultural brasileira. É nessa perspectiva que demonstramos em
nosso trabalho como A lágrima de um caeté e seus atributos textuais se organizam
enquanto representação estética do problema da identidade nacional |
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