Portal Domínio Público - Biblioteca digital desenvolvida em software livre  
Missão
Política do Acervo
Estatísticas
Fale Conosco
Quero Colaborar
Ajuda
 
 
Tipo de Mídia: Texto
Formato:  .pdf
Tamanho:  3,01 MB
     
  Detalhe da ibra
Pesquisa Básica
Pesquisa por Conteúdo
Pesquisa por Nome do Autor
Pesquisa por Periodicos CAPES
 
     
 
Título:  
  A Guerra Silenciada: memória histórica dos moradores do Bico do Papagaio sobre a Guerrilha do Araguaia
Autor:  
  Wellington Sampaio da Silva   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFPB/J.P./HISTÓRIA
Área Conhecimento  
  HISTÓRIA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  1.500
Resumo  
  Este trabalho discute a Guerrilha do Araguaia a partir da memória dos moradores do Bico do Papagaio (norte de Goiás – hoje Tocantins; sul do Pará e sul do Maranhão); pessoas comuns (agricultores; donas de casa; garimpeiros; enfermeiras; comerciantes; barqueiros; dentre outros) que experimentaram uma guerra que lhes era estranha e que construíram um saber histórico sobre esse fato. Através dos pressupostos teórico-metodológicos da história oral; analisamos os testemunhos dos moradores para a guerrilha centrados em três eixos: a experiência cotidiana da população; as imagens construídas por esta população acerca do comunismo e o medo e o silêncio presentes na memória dos moradores da região. Entendemos que a presença tanto dos paulistas quanto dos militares trouxe mudanças na vida cotidiana dos moradores. Através da tática da aproximação pela amizade e dos trabalhos sociais realizados pelos militantes do PC do B; a população local encontrou naqueles jovens; a maioria formada por estudantes; uma alternativa para os problemas que enfrentavam. A partir do momento em que os militares se estabeleceram na região; percebe-se uma mudança mais radical no cotidiano dos moradores. Seu cotidiano passou a ser vigiado e fiscalizado. Com isso; muitas pessoas usaram a tática do silêncio e da negação para sobreviver nesse cenário. A presença dos militares e; sobretudo; a sua propaganda; na tentativa de difamar e colocar a população da região contra os paulistas; também influenciaram nas representações dessa população em relação às imagens do comunismo; geralmente representado pelos moradores de forma múltipla (gente indesejável; estrangeiros; pessoas contra o governo). Na nossa visão; as práticas instituídas pelos militares durante a Guerrilha do Araguaia contribuíram para a presença do medo e do silêncio entre os moradores. Através do uso de ameaças; fiscalizações; invasões às propriedades; expulsão dos camponeses das mesmas e da exibição dos corpos dos guerrilheiros mortos; os moradores encontraram no silêncio uma forma sutil de resistência ao teatro do terror instituído na região do Bico do Papagaio.
     
    Baixar arquivo