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Título:  
  Ciclones extratropicais sobre o Atlântico Sul: simulação climática e experimentos de sensibilidade
Autor:  
  Michelle Simões Reboita   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  USP/METEOROLOGIA
Área Conhecimento  
  GEOCIÊNCIAS
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  346
Resumo  
  O setor oeste do Atlântico Sul; próximo à costa leste da América do Sul; é uma região de atividade ciclogenética o ano todo. Neste estudo; avaliou-se o skill do Regional Climate Model – versão 3 (RegCM3) em simular a climatologia de ciclones extratropicais sobre o Atlântico Sul no período de 1990 a 1999; bem como os padrões atmosféricos associados. O skill foi obtido comparando-se a simulação com a reanálise do National Centers for Environmental Prediction (NCEP). Além disso; foram realizados alguns experimentos numéricos de sensibilidade (topografia; fluxos turbulentos de calor e temperatura da superfície do mar – TSM). Inicialmente validou-se a climatologia simulada pelo RegCM3 que; de forma geral; mostrou padrão espacial sazonal das variáveis similar às análises; porém com diferenças em intensidade. O modelo subestima a velocidade do vento em baixos níveis e superestima em níveis superiores; é mais seco na região da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e mais úmido no centro-sul do domínio. Além disso; subestima os fluxos turbulentos de calor latente nas latitudes baixas; mas aproxima-se das análises nos extratrópicos. Devido aos fortes gradientes verticais de temperatura do ar na camada superficial; resultado do bias frio do modelo; os fluxos de calor sensível simulados são maiores do que os das análises. A climatologia de ciclones foi obtida através de um esquema automático; que identifica mínimos de vorticidade relativa no vento a 10 m de altura (10); e incluiu todos os sistemas inicialmente com 10 _ -1;5 x 10-5s-1 e tempo de vida igual ou superior a 24 horas. Em 10 anos o RegCM3 simulou praticamente o mesmo número total de sistemas do NCEP; embora mais fracos e lentos. Com relação à distribuição espacial das ciclogêneses; o modelo simulou as três regiões de maior atividade ciclogenética próximo à costa leste da América do Sul: sul/sudeste do Brasil (RG1); desembocadura do rio da Prata no Uruguai (RG2) e sul da Argentina (RG3); porém subestimou a densidade ciclogenética. As análises de composições mostraram que as ciclogêneses nestas regiões estão associadas à instabilidade baroclínica em superfície e a distúrbios transientes em níveis superiores. Na RG1 a atividade ciclogenética é maior quando os distúrbios em níveis superiores são mais fracos (verão); porém na época de maior disponibilidade de umidade; o que permite concluir que a umidade é fundamental para as ciclogêneses nesta região. Nas RG2 e RG3; as ciclogêneses estão bastante associadas à influência de cavados transientes em níveis superiores que se deslocam do Pacífico em direção ao Atlântico. Enquanto na RG3 muitas das ciclogêneses devem-se ao efeito a sotavento que os distúrbios em níveis superiores sofrem ao cruzar os Andes; na RG2 estes sistemas só vão se originar a ~1000 km da cordilheira; pela interação dos distúrbios transientes com o cavado estacionário gerado pela influência da topografia no escoamento de oeste. O suprimento de umidade é importante; mas não essencial paras as ciclogêneses na RG2. O RegCM3 simulou os padrões atmosféricos associados à ocorrência de ciclogêneses registrados na reanálise; embora; em alguns casos; diferindo na intensidade. Experimentos numéricos de sensibilidade mostraram que a topografia é fundamental para a existência dos três máximos ciclogenéticos na costa leste da América do Sul; que a ausência de fluxos de calor latente e sensível na interface ar-mar reduz a atividade ciclogenética nas RG1 e RG3 e na parte central do Atlântico Sul; porém não afeta a RG2 ; e que diferentes cenários de TSM modificam a distribuição espacial das ciclogêneses no Atlântico Sul. Num cenário de TSM homogênea as ciclogêneses se restringem à costa leste da América do Sul e sul do Atlântico Sul e; em outro; que aumentou em 30% os gradientes horizontais de TSM; as ciclogêneses são superestimadas no norte da RG1 e subestimadas nas RG2 e RG3. A intensificação dos gradientes de TSM não aumentou a intensidade e/ou tempo de vida dos ciclones.
     
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