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Título:  
  A educação profissional que não aconteceu em Mato Grosso (1995 – 2002)
Autor:  
  Aidê Fatima de Campos Caetano   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFMT/EDUCAÇÃO
Área Conhecimento  
  EDUCAÇÃO
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2005
Acessos:  
  407
Resumo  
  O presente estudo procurou localizar nas formulações políticas do período de 1995-2002 os condicionantes que determinaram o vazio de práticas de educação profissional no sistema estadual de ensino de Mato Grosso. Em dezembro de 1995; a Secretaria de Educação –Seduc – suspendeu a oferta da educação profissional em nível médio e; apesar de; nesse interregno; ter elaborado projetos que resultaram nos convênios com o Ministério da Educação – MEC para a reforma da educação profissional; não foi possível verificar a oferta desse nível de ensino no sistema. Para compreender o problema partiu-se de uma reflexão acerca da trajetória histórica das categorias educação e trabalho; num aspecto mais global; e da forma que assumem; no modo de produção capitalista; no caráter parcelar do trabalho; que separa a concepção da ação e influencia nas definições políticas. Educação e trabalho constituem-se categorias que se baseiam nas relações sociais; dadas pela base material de produção e; por conta disso; estão sujeitas a conflitos e jogos de interesses. Assim; tendem a seguir as determinações dominantes; apesar das resistências; propostas alternativas e pressões da classe trabalhadora. Outras reflexões mais específicas referiram-se ao modo de governar pluripartidário; no período em questão; marcado pela complexa aliança entre diversos partidos; à realidade socioeconômica do Estado e às implicações no processo de definição de políticas educacionais. Particularmente no que refere às formulações para a educação profissional em nível médio; identificou-se uma tensão entre duas tendências: uma progressista; de orientação teórica socialista e outra conservadora; de matriz neoliberal; que velava a luta entre um projeto de educação do ponto de vista da classe trabalhadora e outro; do capital. Tratava-se de um ponto de clivagem entre; por um lado; a defesa de uma educação que assegurasse meios para a integração ao mundo do trabalho produtivo; tomando-se o conceito de trabalho compreendido como práxis e fonte criadora da existência humana; educação essa que fosse contemplada no currículo e; por outro lado; os projetos técnicos carregados de influências ideológicas da reforma propalada pelo governo federal; centrada na formação estreita para o mercado. Essa problemática; na verdade; expressava uma relação velada entre a Seduc; que tencionava receber recursos financeiros externos e o MEC; que dispunha de meios para proporcionar ao Estado a implementação de suas políticas via projetos financeiros; mas condicionava-os à adesão aos princípios do Decreto 2.208/97; que desarticulava os estudos propedêuticos e profissionais. Isso aconteceu num contexto interno de relações políticas instáveis; expressas nas seis trocas de secretários e na rotatividade de técnicos nas equipes da Secretaria. Foi possível verificar-se que as diretrizes para o ensino médio; que a princípio se apresentavam inovadoras; resultaram na perspectiva liberal de unificação curricular através da proposta de conteúdos gerais abstratos e na ruptura com a possibilidade de articular estes com os conhecimentos técnicos; inclusive porque a educação profissional foi transferida; no final de 2002; para a Secretaria de Estado de Ciência; Tecnologia e Educação Superior.
     
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