Portal Domínio Público - Biblioteca digital desenvolvida em software livre  
Missão
Política do Acervo
Estatísticas
Fale Conosco
Quero Colaborar
Ajuda
 
 
Tipo de Mídia: Texto
Formato:  .pdf
Tamanho:  460,08 KB
     
  Detalhe da ibra
Pesquisa Básica
Pesquisa por Conteúdo
Pesquisa por Nome do Autor
Pesquisa por Periodicos CAPES
 
     
 
Título:  
  Pelo sentido da vista: um olhar gay na escola
Autor:  
  Aline Ferraz da Silva   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFPEL/EDUCAÇÃO
Área Conhecimento  
  EDUCAÇÃO
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  355
Resumo  
  Nesta dissertação apresento uma pesquisa com estudantes de uma escola estadual na cidade de Pelotas/RS; em que discuto os efeitos de identidades sexuais não normativas no currículo. A problemática teve seu primeiro movimento impulsionado pelas manifestações de desconforto e homofobia com relação a um grupo específico de três estudantes gays na comunidade escolar em que atuo como professora. Utilizo como referência o pensamento de Michel Foucault; especialmente a construção histórica e discursiva de conceitos como sexualidade; identidade; diferença e normalidade que têm servido para criação e manutenção de padrões de conduta. A partir dos depoimentos do grupo de estudantes; abordo a compulsoriedade da identidade heterossexual na escola e algumas estratégias que permitem vazar esse discurso. Desenvolvo minha argumentação com base no potencial desestabilizador desse grupo; que desacomoda o cotidiano escolar; na intenção de pensar o impensável no currículo. Esse trabalho partiu da visibilidade de identidades sexuais não normativas que fogem à suposta regra da heterossexualidade compulsória – a concepção de que a posição identitária heterossexual é um dado da natureza e pressuposto universal do ser humano – desafiando a tendência normalizadora e homogeneizadora da educação pelo traço da diferença. A forma como esse grupo de estudantes se posiciona e constrói seus corpos cruza as fronteiras do masculino e feminino; se apresentando como diferença que escapa às classificações binárias e desnaturalizando as identidades sexuais e de gênero que se baseiam em princípios biológicos definidores de machos e de fêmeas. Diferença que atravessa a norma e é irredutível à identidade; que apaga a separação entre natureza e cultura; mostrando que não há nada além desse último termo. No sistema de significações que é o currículo; a produção conjunta da identidade e da diferença se dá a partir de concepções e saberes considerados legítimos; justificados pelos pressupostos médicos; biológicos; anatômicos e de gênero. Considero que; ao se apresentarem como a diferença que confronta a sexualidade normativa; diferença que o currículo tenta assimilar e despotencializar através de sua redução à diversidade tolerada; os sujeitos da pesquisa levam o imprevisto para a escola; possibilitando que se pense o currículo como local também de desconstrução das identidades. Nessa direção; considero relevante pensar uma educação não heteronormativa produtora de diferenças que desconstrua e/ou produza outras identidades; ao invés de tentar cristalizá-las.
     
    Baixar arquivo