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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
460.08
KB
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Título: |
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Pelo sentido da vista: um olhar gay na escola |
Autor: |
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Aline Ferraz da Silva
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFPEL/EDUCAÇÃO |
Área Conhecimento |
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EDUCAÇÃO |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2008 |
Acessos: |
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376 |
Resumo |
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Nesta dissertação apresento uma pesquisa com estudantes de uma escola
estadual na cidade de Pelotas/RS; em que discuto os efeitos de identidades
sexuais não normativas no currículo. A problemática teve seu primeiro
movimento impulsionado pelas manifestações de desconforto e homofobia com
relação a um grupo específico de três estudantes gays na comunidade escolar
em que atuo como professora. Utilizo como referência o pensamento de Michel
Foucault; especialmente a construção histórica e discursiva de conceitos como
sexualidade; identidade; diferença e normalidade que têm servido para criação
e manutenção de padrões de conduta. A partir dos depoimentos do grupo de
estudantes; abordo a compulsoriedade da identidade heterossexual na escola
e algumas estratégias que permitem vazar esse discurso. Desenvolvo minha
argumentação com base no potencial desestabilizador desse grupo; que
desacomoda o cotidiano escolar; na intenção de pensar o impensável no
currículo. Esse trabalho partiu da visibilidade de identidades sexuais não
normativas que fogem à suposta regra da heterossexualidade compulsória a
concepção de que a posição identitária heterossexual é um dado da natureza e
pressuposto universal do ser humano desafiando a tendência normalizadora
e homogeneizadora da educação pelo traço da diferença. A forma como esse
grupo de estudantes se posiciona e constrói seus corpos cruza as fronteiras do
masculino e feminino; se apresentando como diferença que escapa às
classificações binárias e desnaturalizando as identidades sexuais e de gênero
que se baseiam em princípios biológicos definidores de machos e de fêmeas.
Diferença que atravessa a norma e é irredutível à identidade; que apaga a
separação entre natureza e cultura; mostrando que não há nada além desse
último termo. No sistema de significações que é o currículo; a produção
conjunta da identidade e da diferença se dá a partir de concepções e saberes
considerados legítimos; justificados pelos pressupostos médicos; biológicos;
anatômicos e de gênero. Considero que; ao se apresentarem como a diferença
que confronta a sexualidade normativa; diferença que o currículo tenta
assimilar e despotencializar através de sua redução à diversidade tolerada; os
sujeitos da pesquisa levam o imprevisto para a escola; possibilitando que se
pense o currículo como local também de desconstrução das identidades.
Nessa direção; considero relevante pensar uma educação não heteronormativa
produtora de diferenças que desconstrua e/ou produza outras identidades; ao
invés de tentar cristalizá-las. |
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