Portal Domínio Público - Biblioteca digital desenvolvida em software livre  
Missão
Política do Acervo
Estatísticas
Fale Conosco
Quero Colaborar
Ajuda
 
 
Tipo de Mídia: Texto
Formato:  .pdf
Tamanho:  435,96 KB
     
  Detalhe da ibra
Pesquisa Básica
Pesquisa por Conteúdo
Pesquisa por Nome do Autor
Pesquisa por Periodicos CAPES
 
     
 
Título:  
  O escritor e o poeta nas vitrines
Autor:  
  Micheline Mattedi Tomazi Tardin   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFF/LETRAS
Área Conhecimento  
  LINGÜÍSTICA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2007
Acessos:  
  331
Resumo  
  Este estudo propõe uma leitura interpretativa do discurso literário presente em Budapeste; romance de Chico Buarque; na tentativa de perscrutar; no jogo enunciativo da narrativa; não um sujeito de enunciação; mas uma constelação polifônica de sujeitos; os quais; em suas relações ficcionais uns com os outros; fazem emergir questões históricas; sociais e ideológicas que os atravessam; assim como a própria literatura. Para refletir sobre a ficção da própria polifonia; logo sobre o próprio romance; partirei da premissa de que a narrativa de Chico Buarque; bem mais que uma metanarrativa; constitui uma encenação ficcional do universo da própria cultura letrada; entendida como uma dentre outras formas de comunicação; principalmente se considerarmos a sociedade contemporânea; marcada pela cultura de massa. Ficcionalizando a cultura letrada; no âmbito da produção; divulgação e circulação dos textos literários; Budapeste; através da figura do duplo; principalmente sob a forma de ghost writer; como duplo do autor público; torna-se uma narrativa apropriada para pensarmos; por exemplo; a relação entre campos discursivos; como duplos uns dos outros; assim como a relação entre o contexto sócio- histórico; das sociedades ditas de mercado; com a linguagem; cujo destino é o da sociedade que a fala; em conformidade com Bakhtin. Através de uma perspectiva transdiciplinar; em que; partindo da análise de discursos; dialogo também com a lingüística; a teoria da literatura; a filosofia; a antropologia; a psicanálise; procuro evidenciar a hipótese de que o singular na literatura e; em especial; em Budapeste; ao ficcionalizar a questão do duplo; reside não propriamente neste último; mas no desafio de superá- lo. Assim; se a sociedade em que vivemos é tecida e entretecida por uma rede sem fim de duplos; ou de dicotomias (realidade versus ficção; autor explícito versus ghost writer; fama versus anonimato; narrativa de ficção versus poesia; masculino versus feminino); a linguagem também traz essas cicatrizes duplicadas; praticamente nos obrigando a nos inscrever; como seres de linguagem; nos extremos desses pólos; instigando-nos a pensar e constituir subjetividades a partir deles; como escritores; poetas; conhecidos; desconhecidos; homens e mulheres. Fazendo uso de conceitos tais como ideologemas; de Bakhtin; trocas impossíveis; de Baudrillard; reificação; de Marx; função autor; de Foucault; territorialização e desterritorialização; de Deleuze e Guattari; dentre outros; procurarei argumentar que; ao ficcionalizar o duplo; Budapeste inscreve e encena a sua fissura; como o lugar da alteridade; ou da linguagem sem reificação.
     
    Baixar arquivo