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Título:  
  Avaliação da empatia em crianças e adolescentes com Síndrome de Asperger
Autor:  
  Patrícia de Souza Barros   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UERJ/PSICOLOGIA SOCIAL
Área Conhecimento  
  PSICOLOGIA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  1.141
Resumo  
  A empatia; a capacidade humana de inferir e compartilhar os pensamentos e os sentimentos das outras pessoas; vem sendo estudada na sua importância para a construção de interações sociais bem-sucedidas. Ao longo da infância e adolescência; essa habilidade parece aprimorar-se num conjunto em que aspectos cognitivos e ambientais se entrelaçam. Nos indivíduos com a Síndrome de Asperger; esse desenvolvimento não ocorre de forma satisfatória e as relações sociais não se consolidam de forma eficaz. Muitos estudos têm verificado a participação dos déficits em empatia; especialmente no seu componente cognitivo; como base para as inabilidades sociais desta síndrome. A maioria deles tem dedicado suas investigações em aspectos referentes à noção de Teoria da Mente; que parece corresponder ao componente cognitivo da empatia. O presente estudo teve como objetivo comparar os níveis de empatia entre crianças e adolescentes com Síndrome de Asperger e de desenvolvimento típico; buscando as relações entre o processo de identificação de emoções simples (alegria; tristeza; raiva e medo) e complexas (inveja; orgulho e embaraço) e os níveis de teoria da mente (primeiro e segundo nível). Os participantes constituíram-se de 60 crianças e adolescentes entre 8 e 16 anos; divididos em dois grupos: um grupo com a Síndrome de Asperger e um grupo controle de indivíduos com desenvolvimento típico. Para avaliar o nível de empatia; através da identificação de emoções; foram utilizadas cenas de vídeos de curta duração; em que; quanto mais acurado o reconhecimento das emoções; maior seria o nível de empatia da criança/adolescente. Foram analisadas; também; as justificativas para cada emoção reconhecida. Nesta análise; buscou-se averiguar se os indivíduos com Asperger utilizavam; em suas respostas; mais expressões referentes aos estados mentais do que aqueles de desenvolvimento típico. Além disso; avaliou-se se suas justificativas expressavam menos a presença de ‘audiência’; ou seja; a presença de outras pessoas; além dos personagens principais; como deflagradoras das emoções. Para a avaliação de teoria da mente; utilizou-se como instrumentos as tarefas de teoria da mente de Sally & Anne e a tarefa do ‘Caminhão de sorvetes’. Os resultados apontaram que o grupo com a Síndrome de Asperger obteve menores níveis de empatia do que os indivíduos de desenvolvimento típico; tanto na identificação de emoções simples quanto nas emoções complexas. Na análise das justificativas; o grupo com Asperger mostrou menos referências aos estados mentais internos e menos presença de audiência. O nível de teoria da mente também foi menor no grupo com Asperger; em que alguns indivíduos; mas não todos; chegaram ao segundo nível de teoria da mente; mostrando; assim; que existe um atraso no desenvolvimento desta habilidade. Esses resultados parecem apontar que além do atraso no desenvolvimento da teoria da mente; as crianças e adolescentes com a Síndrome de Asperger percebem as situações sociais de modo peculiar; utilizando estratégias mais rígidas e concretas; não priorizando a inferência de estados mentais alheios. Tais dados sugerem que esses indivíduos podem se beneficiar de estratégias de treinamento em empatia que focalizem o aprendizado da inferência de estados mentais e o reconhecimento da ‘audiência’ para a identificação de emoções simples e complexas.
     
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