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Título:  
  A mulher e o Pantanal: uma relação de trabalho e de identidade
Autor:  
  Pollianna Thome   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFMS/GEOGRAFIA
Área Conhecimento  
  GEOGRAFIA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  350
Resumo  
  O turismo configura-se como a atividade econômica que mais cresce no Pantanal brasileiro; região onde há predominância da propriedade privada da terra para criação de gado bovino. Em sobreposição ou substituição à pecuária; a atividade turística atua sobre a dinâmica das fazendas; valorizando e se apropriando do patrimônio natural e cultural; interferindo nas relações interpessoais; assim como das pessoas com o meio; compondo um cenário em transformação. Entre as mudanças observadas está o papel da mulher na sociedade pantaneira; cujo trabalho ganhou maior importância nas fazendas por desempehar atividades essenciais para o turismo como a limpeza e arrumação dos quartos e serviço de alimentação dos turistas. O objeto de estudo desta dissertação é diagnosticar a territorialidade do turismo sobre uma região específica do Pantanal através do olhar das mulheres que moram e trabalham nas fazendas. Chamada de Região do rio Negro; esta porção do Pantanal existe da referência espacial; histórica e sócio-cultural para a população que habita as fazendas daquele local. Utilizando a abordagem cultural da Geografia; cujo enfoque é a construção de um conhecimento das realidades sociais considerando as determinações materiais; históricas e geográficas das pessoas que o produzem; esta dissertação aborda o tema a partir de um viés da antropologia do turismo; na medida em que os aspectos da cultura e das relações familiares são fundamentais na compreensão de seu objeto. Através da observação participante; foi diagnosticado o universo feminino em quatro fazendas que atuam com turismo na região; assim como entrevistas não-diretivas foram feitas com proprietárias; suas funcionárias e familiares. Como resultado da pesquisa; verificou-se que o trabalho feminino nas fazendas de turismo é árduo; pois lhes exige força física bem como coragem para permanecer em meio às adversidades do meio; como cobras e mosquitos; e por estar longe de seus familiares que vivem na cidade. Por outro lado; à medida que aumenta a oferta de trabalho feminino nas fazendas; o turismo propicia maior participação das mulheres na renda familiar e lhes dá autonomia para investir em qualidade de vida e educação de seus filhos e netos. Seu trabalho é valorizado por seus maridos e pelos proprietários; mas para a maioria dos turistas permanece a figura do homem vaqueiro como a expressão da cultura pantaneira. As inserções tecnológicas e o turismo contribuem com a qualidade de vida das mulheres que vivem nas fazendas; pois facilitam o acesso e a comunicação com seus familiares. Por outro lado; o turismo limita suas relações familiares e sociais com pessoas de fazendas vizinhas; pois impõe um ritmo de trabalho e descanso diferenciado do tradicional regime pastoril. Este trabalho oferece ainda algumas tendências sobre a territorialidade do turismo na Região do rio Negro.
     
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