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Título:  
  Ciência no Brasil: uma abordagem cienciométrica e lingüística
Autor:  
  Sonia Maria Ramos de Vasconcelos   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFRJ/QUÍMICA BIOLÓGICA
Área Conhecimento  
  BIOQUÍMICA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  324
Resumo  
  Nas últimas décadas; a ciência brasileira vem apresentando um crescimento expressivo nas principais bases de dados; como PubMed e Thomson Scientific. Nesta última; o Brazil é responsável por cerca de 2% das publicações; um crescimento de mais de 700% desde 1981. A avaliação do desempenho da ciência brasileira; bem como a de outros países; normalmente considera o percentual do PIB (produto interno bruto) destinado à pesquisa e desenvolvimento (P&D); o número de cientistas ativos e de colaborações internacionais; dentre outros fatores; como primordiais. Entretanto; sabe-se que a ciência se dá num ambiente multicultural e multilíngüe que dialoga fortemente com o processo de comunicação e publicação da pesquisa. Neste contexto; observamos o quanto o cenário cienciométrico e lingüístico da ciência estão associados; já que sua lingua franca; a língua inglesa; domina boa parte da informação contida nas principais bases de dados. Entretanto; o registro quase que imperativo da ciência na lingua franca se torna uma desvantagem em potencial para países cuja língua oficial ou segunda língua não é o inglês. Países em desenvolvimento com tal característica são possivelmente os mais impactados. Além da barreira lingüística; financiamentos para serviços de tradução e editoração tendem a ser escassos. Nesse quadro se vêem os países da América Latina; incluindo o Brasil. Apesar do crescimento acentuado do número de publicações de seus cientistas; deve-se considerar a influência do fator lingüístico na produção e comunicação científica desses autores. Este estudo; portanto; se debruça sobre algumas questões consideradas críticas neste contexto: (1) qual o impacto do fator lingüístico na visibilidade da ciência brasileira?; (2) o quanto a habilidade escrita em língua inglesa pode afetar a produtividade dos pesquisadores e a qualidade de seus manuscritos sob uma perspectiva Anglofônica? Na tentativa de responder parcialmente a estas e algumas outras perguntas; este estudo apresenta resultados sobre o contexto lingüístico da pesquisa brasileira e uma correlação entre a habilidade escrita em língua inglesa de 51.223 pesquisadores brasileiros com alguns indicadores cienciométricos; como número de publicações; número de citações e índice h. Além disso; um diálogo entre a competência lingüística em língua inglesa; competitividade e questões ético-culturais impostas pelo "English-only research setting" é estabelecido. As questões ético-culturais foram abordadas a partir de dados qualitativos obtidos através de dois grupos focais; onde 16 cientistas brasileiros apresentaram suas concepções sobre o plágio e a redundância em publicações científicas. Os resultados desta tese indicam que pesquisadores com maior habilidade escrita na lingua franca têm maior produtividade; são mais citados e têm maior índice h. Os resultados também ressaltam a necessidade de iniciativas para estimular a discussão sobre a ética em publicações no Brasil. Assim; esta tese sugere políticas educacionais e de gestão em C&T para o desenvolvimento de uma "English-economy" que possa beneficiar o processo de comunicação da ciência brasileira no contexto internacional e somar à produção acadêmica da comunidade científica do país.
     
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