|
|
Tipo de Mídia:
Texto
|
|
Formato:
.pdf
|
Tamanho:
2,90
MB
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Título: |
|
Força militar de paz no Haiti (MINUSTAH): stress e estressores dos quatro primeiros contingentes brasileiros. |
Autor: |
|
Debora Barbosa Gil
|
Categoria: |
|
Teses e Dissertações |
Idioma: |
|
Português |
Instituição:/Parceiro |
|
[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
|
Instituição:/Programa |
|
UFRJ/PSICOLOGIA |
Área Conhecimento |
|
PSICOLOGIA |
Nível |
|
Mestrado
|
Ano da Tese |
|
2008 |
Acessos: |
|
300 |
Resumo |
|
O Brasil tem participado de algumas Missões de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) há algumas décadas; mas a Mission des Nations Unies pour la stabilisation em Haïti (MINUSTAH) é a primeira em que o Brasil detém o comando militar e envia grande contingente de militares. O presente estudo objetivou avaliar a presença de stress clínico e identificar os estressores específicos de Força Militar de Paz nos quatro primeiros contingentes enviados ao Haiti no término da missão. Participaram da pesquisa 3598 militares do Exército Brasileiro; sendo utilizados os seguintes instrumentos: Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL); Inventário de Estressores de Força Militar de Paz (IEFMP) e Questionário Sócio-Demográfico. Verificou-se que 10;9% (n=391) dos militares estavam estressados ao término da missão e que; dentre os estressados; a maioria estava na fase de resistência do stress (9;7%; 348). Os contingentes III e IV estavam significativamente mais estressados (14;6% e 12;2%; respectivamente) do que o primeiro e segundo contingentes (9;1% e 7;7%; respectivamente). Apesar de estarem com menor stress clínico; os contingentes I e II apresentaram média maior no escore de intensidade de estressores (66;48+34;51 e 69;83+39;93; respectivamente) de Força Militar de Paz do que os contingentes III e IV (52;77+36;12 e 49;49+34;74; respectivamente). Análise dos estressores; com base em estudos científicos específicos de força militar; levaram à possibilidade de categorização dos estressores. Observou-se que os estressores do contingente I estavam relacionados; em sua maioria; a características de ameaça e de Função de Manutenção de Paz (potencialmente traumáticos) e os estressores do contingente II; relacionados a aspectos de ambigüidade e também ameaça e Função de Manutenção de Paz (potencialmente traumáticos). Para os contingentes III e IV; os estressores estavam relacionados; em sua maioria; a características de ambigüidade e Ambiente de Mobilização (estressores ocupacionais). Para o contingente IV; havia ainda fatores de condições físicas de Ambiente de Mobilização. Observou-se que os militares diagnosticados com stress clínico tinham maiores médias de intensidade de estressores de Força Militar de Paz em todos os contingentes. Os resultados encontrados indicam prevalência de stress (10;9%) abaixo da média considerando pesquisas com amostra brasileira do sexo masculino nas regiões sudeste e sul (42;2%±17;18); o que leva a não confirmação da hipótese de que seria encontrada alta prevalência de stress na população estudada. Acredita-se que tal resultado esteja relacionado à resiliência dos militares ao stress e/ou ao receio dos participantes em admitir dificuldades emocionais e psicológicas. Os contingentes III e IV apresentaram maior ocorrência de stress clínico que os dois primeiros possivelmente por conta do conturbado momento político pelo qual atravessava o Haiti; em comparação aos dois primeiros. No entanto; os contingentes III e IV revelaram menor média de intensidade de estressores que os contingentes I e II; o que pode se dever ao aprimoramento do treinamento para os dois últimos contingentes. Os contingentes também diferiram nas categorias de estressores: os dois primeiros apontaram com mais freqüência estressores relacionados a ameaça e Função de Manutenção de Paz (potencialmente traumáticos); ao passo que os dois últimos consideraram mais intensos estressores relacionados a ambigüidade e Ambiente de Mobilização (estressores ocupacionais); indicando mudança nas avaliações dos militares em relação aos estressores. Essa diferença pode ser explicada também pelo aprimoramento do treinamento; que abrandou o fator novidade para as funções especificamente militares e potencialmente traumáticas. O fato de os militares com stress apresentarem médias maiores de intensidade de estressores sugere que o escore de estressores pode ser um preditor significativo para o stress clínico. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|