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Título:  
  Porta fechada, vida dilacerada – Mulher, tráfico de drogas e prisão: estudo realizado no presídio feminino do Ceará
Autor:  
  Maria Juruena de Moura   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UECE/POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIEDADE
Área Conhecimento  
  POLÍTICAS PÚBLICAS
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2005
Acessos:  
  989
Resumo  
  O tráfico de drogas constitui o segundo negócio mais rentável do mundo; com características de permanência e de constituição à vida paralela ao mercado formal de trabalho. Economicamente; existe nova alternativa de subsistência; com características e valores próprios. Segundo o Departamento Penitenciário Nacional - DEPEN; o tráfico de drogas consideradas ilícitas; no Brasil; constituiu; nos últimos anos; a atividade que mais propiciou ingresso de mulheres no sistema penal brasileiro. A adesão de mulheres; nessa “atividade”; é; nos últimos anos; progressiva; mudando as estatísticas de 32;6% em 1988; para 56;1% em 2000. No Estado do Ceará; em 1997; havia; só em Fortaleza; 1.452 homens presos e 105 mulheres; das quais 55 condenadas por tráfico de drogas; representando 52;4%. Entre outubro de 2003 a agosto de 2004; período desta pesquisa; constata-se que; de 217 reclusas; 134 estavam presas por tráfico de drogas; alterando a estatística para 61;8%. Essa realidade instiga a pesquisadora investigar e analisar as inter-relações do tráfico de drogas com a crescente inserção de mulheres nessa prática havida como ilícita.O recorte espacial desta investigação é a penitenciária feminina do Estado do Ceará; Brasil; Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPFDAMC). A investigação consta das seguintes etapas: pesquisa bibliográfica do objeto de estudo; visita ao campo; levantamentos; entrevistas preparatórias para definir o critério de inclusão dos sujeitos da pesquisa; que; para além do interesse de participação; as prisões tenham sido motivadas por tráfico de drogas. Neste sentido; todas as reclusas por tráfico de drogas passam a ser sujeitos do processo de investigação. O grande contingente de participantes leva a que se opte por trabalhar com grupo focal; 20 internas participam do grupo; enquanto as demais participam mediante entrevistas; escutas individuais; oportunidade em que fazem os relatos de vida. A investigação do fenômeno ocorre no contexto cultural e histórico em que se reproduz a abordagem qualitativa. Os instrumentos e as técnicas para coleta de dados são questionários; entrevistas semi-estruturadas; grupos focais e pesquisa documental. O estudo; por meio de informações; dados analisados; aponta que a incursão das mulheres no tráfico de drogas; antes de ser apenas infração penal; constitui oportunidade de trabalho; capaz de possibilitar; de alguma forma; a superação da difícil situação financeira que afeta não só suas próprias vidas; como também o grupo familiar.Com base nessa realidade factual; identifica-se a necessidade da formulação de uma política penitenciária; que leve em conta as demandas das reclusas e as questões estruturais a elas relacionadas.
     
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