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Título:  
  Cidadão ou sujeito social na práxis da educação popular: um estudo ancorado em Jürgen Habermas e Paulo Freire
Autor:  
  Sandro De Castro Pitano   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFRGS/EDUCAÇÃO
Área Conhecimento  
  EDUCAÇÃO
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  254
Resumo  
  Esta tese se caracteriza como um trabalho bibliográfico; que aborda a obra de Paulo Freire e Jürgen Habermas; dimensionando e pondo em evidência o vigor diferenciado que oferecem para as reflexões em torno da Educação Popular. Trata de analisar o pensamento de ambos; com ênfase em seus ideais de sociedade; ressaltando-os em termos de reforma ou transformação social. Evidenciadas; suas utopias sociais são cotejadas com os pressupostos ontológicos da libertação; quando; então; investigando e problematizando o conceito de cidadão; busca-se demonstrar a sua insuficiência como paradigma da ação educativa libertadora. Pretende-se; ainda; definir e propor o conceito de sujeito social como o horizonte vigoroso de formação da Educação Popular. A tese se configura a partir da crítica ao cidadão e sua assunção como ideal formativo; afirmando que é o sujeito social; conceito oriundo do pensamento de Paulo Freire; e não o cidadão; propósito da teoria da sociedade de Jürgen Habermas; que constitui o horizonte de formação da Educação Popular; por coerência com seus princípios fundantes. Investigar o horizonte de formação a partir do contraponto teórico e prático das propostas de Freire e Habermas deve-se à forte influência exercida por ambos em vários campos da atividade humana; como a educação; a política e a sociologia. Na educação; a presença de Freire é marcadamente reconhecida não apenas no Brasil; onde a Educação Popular se apóia; explicitamente; em seus ensinamentos; como no mundo todo. Habermas; por sua vez; tem sido considerado um pensador cuja influência transcende os meios sociológico e filosófico; alcançando o pensamento educacional brasileiro com considerável vigor. Uma das premissas que orientaram esta pesquisa consiste na suspeita de que a teoria social habermasiana; dadas as suas características básicas; conduz à reforma (mudança cultural) e não à transformação (mudança radical nos âmbitos cultural; econômico e político) estrutural da sociedade. O que representaria uma diferença fundamental entre Freire e Habermas; a ser considerada por uma educação libertadora. Enquanto Habermas estipula uma “comunidade de fala ideal”; compartilhada por sujeitos; lingüisticamente; competentes; deliberando; livres de coação; sobre convenções polemizadas no devir histórico; Freire lida com uma realidade muito distante em termos de justiça social daquilo que o alemão idealiza: analfabetos e semi-analfabetos em situação de opressão e miserabilidade social; vitimados pela herança de uma cultura colonialista e predatória; em processo desde o século XV. Um fosso enorme separa e distingue o interesse imediato dos indivíduos; determinado pela urgência e pelo grau das necessidades em cada contexto. Tais urgências são identificadas; concretamente; pelas desiguais competências dos sujeitos e das realidades concretas que os condicionam. Embora compartilhem um ideal semelhante; Freire e Habermas estão envolvidos com situações que; transcendendo a variações espaço-temporais; exigem respostas; pontualmente; diferentes.
     
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