|
|
Tipo de Mídia:
Texto
|
|
Formato:
.pdf
|
Tamanho:
26.90
MB
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Título: |
|
Brasil periferia(s): a comunicação insurgente do Hip-Hop. |
Autor: |
|
Andréia da Silva Moassab
 |
Categoria: |
|
Teses e Dissertações |
Idioma: |
|
Português |
Instituição:/Parceiro |
|
[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
|
Instituição:/Programa |
|
PUC/SP/COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA |
Área Conhecimento |
|
COMUNICAÇÃO |
Nível |
|
Doutorado
|
Ano da Tese |
|
2008 |
Acessos: |
|
847 |
Resumo |
|
Esta tese discute os processos de resistência realizados em ações de milhares de jovens do hip-hop que; no mundo contemporâneo; participam ativamente na produção de conhecimento e ressignificação das periferias brasileiras. Trata-se de uma voz que se impõe face às construções simbólicas homogeneizantes produzidas pelo pensamento dominante; em torno de valores e da criação de desejos em concordância estrita com aqueles do sistema econômico hegemônico. Entende-se que a base da construção da resistência é a partilha de conhecimento; de modo que a comunicação passa a ocupar o cerne da resistência: conhecimento dividido e multiplicado. O conceito de comunicação; no entanto; tem sido cada vez mais limitado aos objetos midiáticos; de forma que diversas práticas comunicativas têm sido negligenciadas nas teorias da comunicação. Daí a importância de ampliar o entendimento do que são os objetos comunicacionais com vistas a incluir manifestações não visíveis na mídia. O corpus analítico; dentro do movimento hip-hop; são as letras das músicas; analisadas sob a ótica da comunicação; em diálogo com a sociologia. Um dos principais marcos teóricos desta pesquisa são os conceitos de ecologia de saberes e sociologias das ausências e das emergências de Boaventura Santos (2006a). Nas questões concernentes a poder; resistência; empoderamento e emancipação foram fundamentais os trabalhos de Foucault (1979; 1988; 2000); Santos (2005a; 2006a; 2006b; 2007a) e das teóricas feministas; em especial Magdalena León (2000) e Patrícia Collins (1991). No campo da comunicação; o diálogo foi estabelecido com José Luiz Aidar Prado (2006a; 2006b); Muniz Sodré (2002); e; na filosofia política; com Hannah Arendt (2007); no que diz respeito aos temas de discurso e ação. O debate sobre globalização foi feito sob a perspectiva de Milton Santos (2001) e novamente de Boaventura Santos (2002); com referências a Zizek (2006) e sua crítica ao multiculturalismo; estabelecendo um diálogo sobre a relação entre globalização; culturas locais e resistência. Momentos pontuais da tese solicitaram teóricos de áreas específicas como planejamento urbano; movimentos sociais; relações raciais; violência urbana; violência policial; instituições penais e direitos humanos; criminologia crítica; construção da identidade; gênero; e oralidade. Terminamos a investigação indicando como o hip-hop constrói uma comunicação insurgente; recolocando simbolicamente os principais aspectos deturpados pela mídia hegemônica no que tange à população negra; pobre e moradora dos bairros periféricos. O hip-hop enquanto prática contra-hegemônica se constituiu; por conseguinte; em uma ação crítica capaz de desconstruir visões naturalizadoras das culturas. |
|
|
|
|
|
 |
|
|
|