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Título:  
  Brasil periferia(s): a comunicação insurgente do Hip-Hop.
Autor:  
  Andréia da Silva Moassab   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  PUC/SP/COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA
Área Conhecimento  
  COMUNICAÇÃO
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  718
Resumo  
  Esta tese discute os processos de resistência realizados em ações de milhares de jovens do hip-hop que; no mundo contemporâneo; participam ativamente na produção de conhecimento e ressignificação das periferias brasileiras. Trata-se de uma voz que se impõe face às construções simbólicas homogeneizantes produzidas pelo pensamento dominante; em torno de valores e da criação de desejos em concordância estrita com aqueles do sistema econômico hegemônico. Entende-se que a base da construção da resistência é a partilha de conhecimento; de modo que a comunicação passa a ocupar o cerne da resistência: conhecimento dividido e multiplicado. O conceito de comunicação; no entanto; tem sido cada vez mais limitado aos objetos midiáticos; de forma que diversas práticas comunicativas têm sido negligenciadas nas teorias da comunicação. Daí a importância de ampliar o entendimento do que são os objetos comunicacionais com vistas a incluir manifestações não visíveis na mídia. O corpus analítico; dentro do movimento hip-hop; são as letras das músicas; analisadas sob a ótica da comunicação; em diálogo com a sociologia. Um dos principais marcos teóricos desta pesquisa são os conceitos de ecologia de saberes e sociologias das ausências e das emergências de Boaventura Santos (2006a). Nas questões concernentes a poder; resistência; empoderamento e emancipação foram fundamentais os trabalhos de Foucault (1979; 1988; 2000); Santos (2005a; 2006a; 2006b; 2007a) e das teóricas feministas; em especial Magdalena León (2000) e Patrícia Collins (1991). No campo da comunicação; o diálogo foi estabelecido com José Luiz Aidar Prado (2006a; 2006b); Muniz Sodré (2002); e; na filosofia política; com Hannah Arendt (2007); no que diz respeito aos temas de discurso e ação. O debate sobre globalização foi feito sob a perspectiva de Milton Santos (2001) e novamente de Boaventura Santos (2002); com referências a Zizek (2006) e sua crítica ao multiculturalismo; estabelecendo um diálogo sobre a relação entre globalização; culturas locais e resistência. Momentos pontuais da tese solicitaram teóricos de áreas específicas como planejamento urbano; movimentos sociais; relações raciais; violência urbana; violência policial; instituições penais e direitos humanos; criminologia crítica; construção da identidade; gênero; e oralidade. Terminamos a investigação indicando como o hip-hop constrói uma comunicação insurgente; recolocando simbolicamente os principais aspectos deturpados pela mídia hegemônica no que tange à população negra; pobre e moradora dos bairros periféricos. O hip-hop enquanto prática contra-hegemônica se constituiu; por conseguinte; em uma ação crítica capaz de desconstruir visões naturalizadoras das culturas.
     
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