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Título:  
  Fazer política ou lutar pelo social. Uma etnografia sobre formas de redistribuição na Grande Buenos Aires
Autor:  
  Maria Laura Colabella   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFRJ/ANTROPOLOGIA SOCIAL
Área Conhecimento  
  ANTROPOLOGIA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  188
Resumo  
  É esta uma etnografia sobre as formas em que doadores vinculados ao partido peronista e a uma organização “piqueteira” exercem a redistribuição de recursos públicos; em particular programas sociais (subsídios a desocupados) e alimentos; em dois bairros do Município de La Matanza; na zona oeste da Grande Buenos Aires. Para tanto; foi preciso identificar quem eram essas pessoas e como era o vínculo que estabeleciam com seus donatários; a quem reconheciam como os “vizinhos de toda a vida”. Uma diferença central entre ambos os circuitos era a referência a se o voto constituía-se ou não como finalidade da redistribuição; mesmo quando diversos dirigentes piqueteiros tinham obtido cargos eletivos por meio de chapas do peronismo. A Tese demonstra; em primeiro lugar; que para os receptores os recursos não eram homólogos. E sim o contrário. Para os donatários não implicava o mesmo receber ou perder um subsídio em dinheiro que alimentos destinados ao consumo do conjunto do grupo familiar. Ao mesmo tempo; a oposição entre os termos “política” e “luta” para assinalar os calendários a que se ajustava a redistribuição era uma diferença declarada dos dirigentes piqueteiros que; por sua vez; afirmavam distribuir “não apenas em tempos eleitorais”. Uma distinção que; entretanto; os contemplados não reconheciam. Para eles; ambos os doadores ofereciam os mesmos bens à troca das mesmas obrigações: participar de passeatas; atos políticos e piquetes. O que sim contava para os donatários era o tratamento e a consideração que os distribuidores lhes destinavam no caso de se verem impedidos de cumprir com suas obrigações. Nesse sentido; o que se revela é o caráter personalizado que os doadores imprimiam à redistribuição de recursos públicos. Os quais; projetados por autoridades dos Ministérios de Trabalho e Desenvolvimento Social; requeriam a comprovação de um domicílio e a apresentação de documentos por parte dos potenciais beneficiários que; muitos dos vizinhos de La Matanza; não tinham como demonstrar.
     
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