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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
1.21
MB
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Título: |
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Fazer política ou lutar pelo social. Uma etnografia sobre formas de redistribuição na Grande Buenos Aires |
Autor: |
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Maria Laura Colabella
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFRJ/ANTROPOLOGIA SOCIAL |
Área Conhecimento |
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ANTROPOLOGIA |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2009 |
Acessos: |
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251 |
Resumo |
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É esta uma etnografia sobre as formas em que doadores vinculados ao partido peronista
e a uma organização piqueteira exercem a redistribuição de recursos públicos; em particular programas sociais (subsídios a desocupados) e alimentos; em dois bairros do
Município de La Matanza; na zona oeste da Grande Buenos Aires. Para tanto; foi preciso identificar quem eram essas pessoas e como era o vínculo que estabeleciam com seus donatários; a quem reconheciam como os vizinhos de toda a vida. Uma diferença central entre ambos os circuitos era a referência a se o voto constituía-se ou não como finalidade da redistribuição; mesmo quando diversos dirigentes piqueteiros tinham obtido cargos eletivos por meio de chapas do peronismo. A Tese demonstra; em primeiro lugar; que para os receptores os recursos não eram homólogos. E sim o contrário. Para os donatários não implicava o mesmo receber ou perder um subsídio em dinheiro que alimentos destinados ao consumo do conjunto do grupo familiar. Ao mesmo tempo; a oposição entre os termos política e luta para assinalar os calendários a que se ajustava a redistribuição era uma diferença declarada dos dirigentes piqueteiros que; por sua vez; afirmavam distribuir não apenas em tempos eleitorais. Uma distinção que; entretanto; os contemplados não reconheciam. Para eles; ambos os doadores ofereciam os mesmos bens à troca das mesmas obrigações: participar de passeatas; atos políticos e piquetes. O que sim contava para os donatários era o tratamento e a consideração que os distribuidores lhes destinavam no caso de se verem impedidos de cumprir com suas obrigações. Nesse sentido; o que se revela é o caráter personalizado que os doadores imprimiam à redistribuição de recursos públicos. Os quais; projetados por autoridades dos Ministérios de Trabalho e
Desenvolvimento Social; requeriam a comprovação de um domicílio e a apresentação
de documentos por parte dos potenciais beneficiários que; muitos dos vizinhos de La
Matanza; não tinham como demonstrar. |
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