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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
1,86
MB
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Título: |
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Dinâmica da comunidade arbórea em eco-unidades de cinco fragmentos de Floresta Estacional Semidecídua no interior do Estado de São Paulo, Brasil, e conseqüências para a sua conservação |
Autor: |
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Andre Augusto Jacinto Tabanez
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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IBT/BIODIVERSIDADE VEGETAL E MEIO AMBIENTE |
Área Conhecimento |
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ECOLOGIA |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2008 |
Acessos: |
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700 |
Resumo |
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Estudou-se a dinâmica da comunidade arbórea em cinco fragmentos de floresta estacional semidecídua. Estes fragmentos localizam-se na região de Piracicaba e são todos fragmentos de floresta isolados; sem eventos de perturbação de grandes proporções. O formato desses fragmentos varia de aproximadamente quadrado a retangular; com tamanho entre 0;6 a 220;0 ha. A vegetação arbórea foi amostrada em um primeiro levantamento entre 1991 e 1993 (t0); utilizando-se parcelas permanentes na forma de transectos. Todas as árvores com diâmetro a 1;3 m de altura do solo (DAP) ≥ 5 cm foram incluídas no estudo e as diferentes fisionomias florestais encontradas nos transectos foram mapeadas. As diferentes fisionomias; ou eco-unidades; foram classificadas visualmente em Capoeira Baixa (CB); bambuzal (BB); Capoeira Alta (CA) e Floresta Madura (FM). Um segundo levantamento foi feito em 1999 (t1); com novo mapeamento. As espécies mais importantes em IVC foram classificadas em quatro grupos sucessionais e/ou funcionais e a importância relativa de cada grupo foi calculada para cada eco-unidade. Os dados encontrados foram comparados com o modelo proposto por Tabanez & Viana (2000) para dinâmica florestal dessas eco-unidades; para avaliar sua precisão. Cerca de dois terços da área dos transectos não mudou de eco-unidade ao longo do período estudado. A mudança mais comum foi para CB (19;8% da área). Assim; a área ocupada por CB aumentou em todos os fragmentos e seus trechos aumentaram em número e tamanho médio. A taxa de recrutamento foi maior que a taxa de mortalidade na CB e houve incremento na área basal (AB); fazendo com que esta eco-unidade apresentasse desenvolvimento em estrutura no período t0-t1. Trechos de CB mostraram importância maior de espécies pioneiras e oportunistas; provavelmente devido aos tamanhos grandes dos trechos. Essas espécies parecem ser capazes de causar algum desenvolvimento de estrutura na CB; mas é importante notar a baixa importância ou ausência das espécies de banco de sementes nesta eco-unidade. A área ocupada pelas outras eco-unidades mudou pouco ou apresentou diminuição. A segunda alteração mais comum foi mudança para CA (12;4% da área). A taxa de recrutamento na CA também foi maior do que a taxa de mortalidade; e foi observado um aumento na AB; fazendo com que esta eco-unidade também mostrasse algum desenvolvimento na estrutura. Algumas das espécies mais importantes nesta eco-unidade foram as mesmas que na CB; como Croton floribundus; Astronium graveolens e Metrodorea nigra. A importância das espécies tolerantes à sombra diminuiu nesta eco-unidade em quatro dos fragmentos estudados. O Bambuzal mostrou forte diminuição em área; devido à morte das moitas nos dois maiores fragmentos. No período considerado; 92;5% da área original de BB se transformou em outras eco-unidades; principalmente CB e CA. A taxa de recrutamento foi a maior entre as eco-unidades. Nos fragmentos onde a maioria das moitas morreu; espécies pioneiras e oportunistas aumentaram rapidamente em importância; incluindo espécies de banco de sementes; ausentes ou pouco importantes na CB. A Floresta Madura não se mostrou tão estável quanto o nome sugere e cerca de metade de sua área original se transformou em outra eco-unidade no período t0-t1; principalmente CA. Ainda assim; esta eco-unidade foi a mais estável das quatro; mostrando as taxas mais baixas de mortalidade e recrutamento. A composição mostrou absoluta predominância de espécies tolerantes à sombra; com aumento de sua importância no período t0-t1. Os dados sugerem que o desenvolvimento da estrutura da floresta nos fragmentos foi limitado e que este desenvolvimento não foi suficiente para regenerar a floresta nas áreas abertas (CB). Além disso; foram observadas altas taxas de alteração de eco-unidades mais desenvolvidas para eco-unidades menos desenvolvidas; especialmente considerando-se o pequeno intervalo de tempo considerado. Os dados sugerem que o modelo apresentado por Tabanez & Viana (2000) para a dinâmica dessas eco-unidades é preciso e sugere que esses fragmentos estão em transformação; mesmo após longo tempo do isolamento inicial. As mudanças que ainda estão ocorrendo podem levar esses fragmentos de floresta; no longo prazo; a se transformarem em fragmentos de vegetação arbustiva; baixa e de baixa biomassa. Os resultados aqui apresentados são importantes balizadores de políticas regionais voltadas à restauração florestal e à conservação de espécies arbóreas; assim como na orientação para restauração florestal em recuperação de áreas degradadas. |
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