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Título:  
  Morte por causas externas: um estudo sobre a identificação da raça/cor da pele no Instituto Médico Legal de Salvador/Bahia, 2007
Autor:  
  Andreia Beatriz Silva dos Santos   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UEFS/SAÚDE COLETIVA
Área Conhecimento  
  SAÚDE COLETIVA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  607
Resumo  
  A Saúde da População Negra tem se consolidado como campo específico de saúde no Brasil; nos últimos anos. Assim; o quesito raça/cor vem se constituindo como um ponto relevante no processo de identificação dos indivíduos. Apesar da controversa e da complexidade que envolvem o ato de identificar a raça/cor da pele; a relevância da identificação é inconteste; pois permite associar determinado atributo com a causa da morte; e; desse modo; traçar o perfil epidemiológico de grupos populacionais vulneráveis. Possibilita; assim; identificar os limites e falhas dos serviços; bem como a omissão e a naturalização da discriminação e do racismo por parte de instituições. Em caso de óbitos; uma vez havendo a impossibilidade da autodeclaração deste atributo; a identificação da raça/cor da pele torna-se um desafio. Buscou-se; então; analisar o processo de definição do quesito raça/cor no Instituo Médico Legal de Salvador/Bahia; no ano de 2007; tendo como instrumentos: entrevistas semi-estruturadas; análise documental e a observação da prática. Após a análise de conteúdo das entrevistas; realizou-se a triangulação dos dados; buscando-se compreender como se deu o processo de identificação da raça/cor nas necropsias realizadas no IML de Salvador; no ano de 2007. A relação estabelecida entre a raça/cor da pele negra com a morte; a violência e a marginalidade inicialmente se apresenta de maneira tão explícita que cega. As evidências de que mortalidade no Brasil aumenta conforme se “escurece” a cor da pele; não apenas se tornam mais perceptíveis quando observamos o processo de trabalho no IML; mas revelam as sombras que escamoteiam uma realidade muito pior do que se poderia supor; a desvelar outro mito: o da democracia racial. Os negros morrem “muito”; morrem mais; morrem de forma indigna; se matam e são mortos em proporções inusitadas. Os brancos são raros no IML; e; quando aparecem; são logo “despachados”; pois; muito freqüentemente; sua morte se faz por “acidente”; sem implicações judiciais. Ao passo que o homicídio; de fato ou presumido; traz a marca da violência marginal; relacionada com as drogas; com o crime; com a ilegalidade; com aquilo que inscreve o corpo morto num horizonte de culpabilidade quase que justificando a morte violenta e; conseqüentemente; a rejeição social e a discriminação aos quais está relacionada à identificação da raça/cor da pele negra.
     
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