Título: |
|
Análise do perfil, funções e habilidades do fisioterapeuta do futebol e do voleibol no Brasil |
Autor: |
|
Anderson Aurélio da Silva
|
Categoria: |
|
Teses e Dissertações |
Idioma: |
|
Português |
Instituição:/Parceiro |
|
[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
|
Instituição:/Programa |
|
UFMG/CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO |
Área Conhecimento |
|
FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL |
Nível |
|
Mestrado
|
Ano da Tese |
|
2008 |
Acessos: |
|
326 |
Resumo |
|
A prática esportiva; por sua natureza; provoca lesões de diversos tipos; destacando aquelas do sistema musculoesquelético. O tratamento e a prevenção de lesões; por seu caráter multifatorial; exigem uma abordagem interdisciplinar. Cada uma das profissões que compõe a equipe de saúde esportiva pode ter uma contribuição significativa para proporcionar condições adequadas para o atleta na competição; auxiliando-o na performance para atingir potencial máximo e guiando o atleta para voltar aos níveis de competição após lesão. Apesar das controvérsias quanto ao papel de cada profissional e quanto à formação de seus integrantes; a equipe de saúde (incluindo o fisioterapeuta) que atende ao atleta; parece atuar em pelo menos quatro grandes domínios: Prevenção; Atendimento Emergencial; Reabilitação Funcional e Retorno à Atividade. Entretanto; a atuação do fisioterapeuta; no Brasil; parece ser heterogênea; sem uma definição clara do papel desse profissional dentro da equipe que atende ao atleta. Dessa forma; o presente estudo teve como objetivo analisar o perfil do fisioterapeuta esportivo brasileiro; analisando tanto a sua formação em nível de graduação e especialização; bem como a sua inserção na prática clínica; na equipe interdisciplinar e no clube. Foram analisados cinqüenta e cinco questionários referentes a 27 fisioterapeutas de clubes de futebol e 22 fisioterapeutas que atuavam em clubes e seleções de voleibol; perfazendo um total de 49 fisioterapeutas; sendo que apenas cinco fisioterapeutas eram do sexo feminino; e a idade média era de 32;2 anos. Os dados relativos à entrevista foram agrupados e analisados usando o pacote estatístico SPSS 15.0. Para comparar os grupos por local de atividade; foram agrupadas as categorias de voleibol e seleção de voleibol a fim de aumentar o poder do teste e devido à homogeneidade destes grupos. Nesse caso; para comparar os grupos foram usados testes para proporções e de independência; como o Qui-quadrado; McNemar; teste Z e teste Mann-Whitney. Os resultados apontam que a maioria dos fisioterapeutas esportivos brasileiros possui especialização (78;2%); foi contratada por indicação (78;2%); trabalha mais de 8 horas ou dedicação exclusiva (80;0%); recebe de 7 a 10 ou mais salários mínimos (58;2%). Além disso; têm grande participação nos domínios do atendimento emergencial (87;3%); prevenção (92;7%); reabilitação funcional (98;2%) e retorno após lesão (100%). O fisioterapeuta esportivo possui grande relação interdisciplinar; sobretudo com o preparador físico na reabilitação funcional (70;9%) e com o médico do clube na decisão do retorno do atleta após reabilitação (74;5%) e no veto ou liberação do atleta para jogos/treinos (63;6%). Entretanto; poucos entrevistados citaram a utilização de modelos teóricos na prevenção (24%) e muitos reclamaram de ameaças à sua autonomia; principalmente pelo profissional médico. Diferenças significativas foram detectadas nas comparações entre fisioterapeutas de voleibol e de futebol. Nosso estudo conclui que se faz necessário investir na pós-graduação do profissional fisioterapeuta visando uma melhor especialização na área esportiva; consolidando conceitos através de referenciais teóricos e também incentivando a prática clínica. |
|
|
|
|
|
|