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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
879,43
KB
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Título: |
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Ser segurança em tempos de insegurança: sofrimento psíquico e prazer no trabalho da Guarda Municipal de Porto Alegre |
Autor: |
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Tatiana Cardoso Baierle
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFRGS/PSICOLOGIA SOCIAL E INSTITUCIONAL |
Área Conhecimento |
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PSICOLOGIA |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2207 |
Acessos: |
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366 |
Resumo |
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Esta pesquisa busca compreender as implicações da reestruturação da Guarda Municipal de Porto Alegre na produção de subjetividade de seus servidores e o impacto sobre a dinâmica saúde/sofrimento mental de seus trabalhadores. O trabalho foi tomado como eixo norteador; por sua centralidade na vida contemporânea. A posição adotada foi de depositar a ênfase nas vivências cotidianas e nos modos de ser dos trabalhadores; e não nos diagnósticos psicopatológicos. Com esta premissa; a condução da pesquisa foi fundamentada na abordagem da Psicodinâmica do Trabalho; que centra a investigação na normalidade e não na patologia; procurando; reforçando os mecanismos de luta e resistência desenvolvidos pelos trabalhadores; que se traduzem nas estratégias defensivas. A metodologia em Psicodinâmica do Trabalho foi aplica strictu sensu; em suas etapas de desenvolvimento: formação de grupo de pesquisadores; prépesquisa; pesquisa com encontros em grupo; tratamento do material produzido e validação. O grupo de servidores; sobre o qual a pesquisa foi desenvolvida é o que se encontra mais exposto às mudanças que estão ocorrendo na Instituição; assumindo funções de maior visibilidade; risco e exposição. Há intensa mobilização psíquica entre os guardas; provocada pela peculiaridade do lugar que ocupam hoje na sociedade. Por um lado são pressionados pela população e pela gestão da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para adotarem uma postura ativa na segurança urbana; por outro lado são premidos pela limitação legal de suas atribuições. O cotidiano do guardas municipais é marcado por imprevistos; por uma extensa jornada de trabalho; pela ausência do prescrito e percebido como um trabalho sem produção concreta. O sofrimento provocado pelo trabalho é amortecido e contrabalanceado pela cooperação mútua; reconhecimento advindo de uma atuação com maior visibilidade e pelo uso da inteligência astuciosa. O atual período da Guarda Municipal é efetivamente um tempo de transição; interfere diretamente na organização do trabalho; na subjetividade e na saúde mental de seus servidores. Para a promoção da saúde mental destes trabalhadores seria importante incrementar os espaços institucionais de reflexão e discussão sobre o papel do guarda municipal hoje na sociedade. |
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