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Pesquisa Básica
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Pesquisa por Periodicos CAPES
 
     
 
Título:  
  “Oi, meu nome é Jeferson e sou uma criança”: ser criança sob o olhar das crianças
Autor:  
  Juliana Da Silva Uggioni   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UNESC/EDUCAÇÃO
Área Conhecimento  
  EDUCAÇÃO
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  238
Resumo  
  O intuito desta pesquisa é compreender o que é ser criança na ótica das crianças; através do intercâmbio dialógico entre as crianças e eu; e delas entre si; entrelaçando com os teóricos aqui evidenciados. Na etapa exploratória; os locais de pesquisa foram: o Colégio Madre Teresa Michel; escola de educação básica; particular e católica; e o espaço sócio-educativo Centro Regional de Assistência Social (CRAS); ambos na cidade de Criciúma; Santa Catarina. Os sujeitos pesquisados foram crianças na faixa etária de seis a doze anos. A investigação fundamenta-se nas concepções de infâncias de autores como Jobim e Souza (1994); Kramer (1996) e Sarmento (2007a). Ainda neste sentido; privilegia-se a visão de infâncias de Walter Benjamin (2002); que traz a não-infantilização da criança; bem como a desnaturalização da visão do senso comum sobre infâncias. A criança é aqui entendida como criadora de cultura e; por isso; traz-se à tona a fala dos próprios meninos e meninas sobre o que é ser criança. Teórico-metodologicamente falando; esta é uma investigação qualitativa; cujo instrumento de construção e compilação dos dados consubstancia-se em espaços de narrativa; seguidos pelo procedimento da devolutiva. Nessa investigação; dividi os dados em duas categorias privilegiadas de análise: relações crianças; brincadeiras e brinquedos; e relações adultos x crianças. Indiferente da classe social a que pertencem; os sujeitos das pesquisas brincam; e ao mesmo tempo em que concordavam em alguns pontos; discordavam em outros nessa relação: se há a divisão de programas para adultos e crianças na TV; se o adulto pode; ou não; participar das brincadeiras/devaneios/imaginação; se as brincadeiras são distintas para o sexo feminino e para masculino; entre outros. Nas relações adultos x crianças; as opiniões também eram; muitas vezes; antagônicas; mas em um momento as falas das crianças coadunaram-se: quando elas estabeleceram a diferença etária entre crianças e adultos; e quando elas próprias dividiram-se entre crianças-maiores e crianças-menores. A visão das crianças sobre o que é ser criança mostra que os sujeitos da pesquisa foram unânimes em responder: infâncias é uma categoria geracional; consubstanciada por relações que vêm imbuídas/atravessadas/permeadas por condições/dependências socioeconômicas; étnicas; de gênero; políticas e culturais – o que coincide com a concepção de infâncias dos autores/teóricos tomados aqui como base; exceto em dois quesitos: sobre a forma de educar e sobre a aceitação da não-fala por parte dos meninos e meninas. Esses dois pontos; contrários ao referencial teórico adotado; foram; algumas vezes; naturalizadas pelas crianças.
     
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