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Pesquisa por Periodicos CAPES
 
     
 
Título:  
  Área de vida, movimento e hábitat utilizado por trachemys adiutrix Vanzolini, 1995 (testudines – emydidae) na região dos pequenos lençóis maranhenses, Brasil
Autor:  
  Isabel Ely   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFRGS/BIOLOGIA ANIMAL
Área Conhecimento  
  ZOOLOGIA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  896
Resumo  
  Trachemys adiutrix é uma tartaruga semi-aquática, conhecida popularmente como “Pininga” ou “Jurará”. A espécie foi descrita na localidade de Santo Amaro, nas bordas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, em 1995. Sua ocorrência se restringe a regiões de dunas, principalmente as dunas vegetadas e com águas permanentes no litoral Maranhense, existindo a possibilidade de ocorrência da espécie no estado do Piauí. De acordo com a Lista Vermelha de espécies ameaçadas da IUCN, T. adiutrix enfrenta um risco muito elevado de extinção no futuro, categorizada “em perigo”, principalmente pela restrição de sua ocorrência. Esta tartaruga possui comportamento de estivação interessante e geral para o gênero, se enterrando na areia e emergindo dela com o retorno das chuvas. O estudo focou-se nos movimentos da espécie, o tamanho da área de vida, atividade e sazonalidade do uso do habitat, aspectos que estão relacionados com as diferenças intersexuais. A área de estudo é conhecida como região de Barro Vermelho, município de Paulino Neves localizado nos Pequenos Lençóis Maranhenses. As amostragens foram realizadas mensalmente com a utilização de rádio-telemetria. Dez tartarugas devidamente equipadas foram monitoradas por oito meses e suas localizações registradas pelo GPS e mapeadas. Fêmeas apresentaram massa média de 821 g e comprimento médio da carapaça de 17 cm e os machos apresentaram massa média de 795 g e comprimento médio da carapaça de 17,2 cm. Entre tamanho (comprimento da carapaça) e o sexo não foi constatada diferença significativa nem correlação. Mapas das áreas de vida de cada animal foram elaborados, verificando-se que a espécie apresenta média de área de ocupação de 4,56 ha. Os machos são menores e apresentam áreas menores (3,43 ha) quando comparados com as fêmeas (4,85 ha), porém não foram encontradas diferenças significativas frente a estas características. Também não foi constatada correlação entre a área de vida e o tamanho dos indivíduos. Durante a estivação, não existiu sobreposição das áreas ocupadas pelas tartarugas, inferindo que possa existir territorialidade temporal. O movimento de estivação apresentou média de 270 m, variando de 105 m a 809 m. Entre o movimento de estivação e os meses do ano foi constatada diferença, pois no período chuvoso as tartarugas estão mais ativas e se deslocam mais do que no período de seca. Entre o sexo e o movimento de estivação não foram encontradas diferenças. A Lagoa do Curral foi o ambiente em que a maioria dos indivíduos foi encontrada, diferenciando-se da Lagoa dos Altos por apresentar maior quantidade de substrato associado no seu interior. Isso poderia estar relacionado com a maior quantidade de nutrientes para a nutrição das tartarugas além do juncal servir como ambiente termorregulatório no período de chuvas. A paisagem no período de estiagem apresenta campos ralos de plantas halófitas e psamófitas. Nos campos existem inúmeras moitas de fisionomia herbáceo-arbustiva compostas por poáceas e ciperáceas. Foram nestas moitas que os indivíduos de T. adiutrix foram encontrados estivando, comportamento que começou em agosto e se estendeu até janeiro. T. adiutrix é restringida por fatores ambientais e certamente consegue reservar energia pela redução da atividade na época de seca extrema, otimizando o tempo que gastaria para estar ativa. Em média, a espécie perdeu 8,4% de massa no período das amostragens ressaltando a idéia de alta adaptação, pois estes animais vivem em um ambiente restrito e, certamente, estão ali há bastante tempo. Considerações a respeito da importância do habitat terrestre para espécies semi-aquáticas foram feitas, pois é neste tipo de ambiente que T. adiutrix vive durante seis meses do ano e parece que é também neste local que a espécie desova.
     
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