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Título:  
  Beleza no cotidiano: poética e performance na voz de um narrador urbano
Autor:  
  Felipe Grüne Ewald   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFRGS/LETRAS
Área Conhecimento  
  LETRAS
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  286
Resumo  
  Reúno a perspectiva da performance, a teoria da enunciação de Benveniste e os gêneros do discurso de Bakhtin para refletir acerca das circunstâncias de produção da narrativa oral – tudo o que envolve o ato enunciativo de performance de um narrador no bairro Restinga, periferia de Porto Alegre, Brasil. Na confrontação e aprendizagem com o campo, incorporei conhecimentos vindos da prática no meu horizonte teórico e busquei compreender quais são as possibilidades abertas ao ato de narrar neste ambiente. Tratei de um tópico que se encaixa em um campo pouco explorado pelos Estudos Literários: a oralidade inserida no ambiente urbano e na esfera do cotidiano. Parti de uma abordagem que tomasse a relação entre oralidade e escrita fora da dicotomia, pensando as contraposições constitutivas. Diante da materialidade adversa da voz, construí o corpus a partir da seleção dos fatos de discurso a ser compartilhados, já que qualquer pesquisador que estude a produção oral será um receptor e terá ele que definir o todo do enunciado narrativo. A delimitação dos enunciados foi aprendida a partir da exposição e escuta das narrativas em campo. Todo o encontro com o narrador é uma reiteração do evento narrativo. É uma volta à tomada de conhecimento e aprendizagem da sua forma de narrar. Essa é a essência da minha experiência de campo e do meu trabalho: é uma atualização constante dos princípios de como e por que narrar. É por esta estrutura, a qual se mantém sempre aberta à criação, que o narrador consegue elaborar toda sua trajetória de vida. A observação da narrativa se produzindo, leva-me a propor que, dentro de um fluxo indiferenciado de conversa, o condensamento da narrativa ocorre a partir do redimensionamento do espaço enunciativo, o qual constitui um centro de referência, inserindo o narrador como sujeito na e pela enunciação e possibilitando a abertura à dimensão estética. A cada ato de narrar, a prática de reorganização espaço-temporal é atualizada, carregando as marcas, as inovações, que o narrador deixa entrever no enunciado. É um princípio formal movente, sempre renovado e aberto à criatividade.
     
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