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Título:  
  Recursos lingüísticos e paralingüísticos na clínica fonoaudiológica do autismo
Autor:  
  Andrea Novaes Ferraz de Lima   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UNICAP/CIÊNCIAS DA LINGUAGEM
Área Conhecimento  
  LINGÜÍSTICA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2007
Acessos:  
  975
Resumo  
  Nos dias atuais; a clínica fonoaudiológica brasileira; com pacientes autistas; ainda permanece impregnada do uso de procedimentos corretivos/normativos; visando fundamentalmente à comunicação. Assumindo um afastamento dessa percepção objetivista; segmentada e comportamentalista; e adotando uma concepção mais subjetiva (onde se valoriza o particular) de linguagem como forma de ação e do jogo interacional como uma construção conjunta da significação; investigou-se; nesse estudo o papel dos recursos lingüísticos verbais; prosódicos e paralingüísticos na construção da linguagem da criança autista; na clínica fonoaudiológica. Especificamente; esta pesquisa teve como objetivo investigar o papel dos aspectos lingüísticos verbais (marcadores conversacionais basicamente interacionais e seqüenciadores); lingüísticos prosódicos (alongamentos vocálicos; entonações; alterações no ritmo; alterações na altura vocal) e paralingüísticos (a cinésica; a tacêsica; a proxêmica; a correção; o parafraseamento; a repetição; a pausa; a hesitação; a interrupção e o silêncio) na construção da linguagem da criança autista. Verificou-se; também; como objetivos específicos; a incidência do uso de elementos lingüísticos verbais; lingüísticos prosódicos e paralingüísticos na relação fonoaudiólogo/criança autista na prática fonoaudiológica. Os participantes do estudo foram duas fonoaudiólogas e seus pacientes; de 08 e 12 anos; com diagnóstico de autismo; caracterizados nesse estudo como díade 1 e 2. A coleta de dados foi feita semanalmente; através de gravações de vídeo dos atendimentos fonoaudiológicos. Os dados foram interpretados com base na transcrição das gravações de vídeo; e nos recortes discursivos; como propostos pela Análise da Conversação. Os resultados mostraram o papel desempenhado pelos recursos lingüísticos verbais; prosódicos e paralingüísticos nas interações dialogadas; tanto nos turnos das terapeutas como nos turnos dos sujeitos. Observou-se um equilíbrio na utilização dos recursos pesquisados nos turnos das terapeutas e um desequilíbrio; como maior prevalência de utilização dos recursos paralingüísticos nos turnos dos sujeitos. De forma complementar; verificou-se a ocorrência de ecolalias nos turnos das crianças. Tendo em vista sua semelhança com as repetições; recurso fundamental na elaboração do texto falado; recorreu-se à observação minuciosa das gravações de vídeo; no intuito de se estabelecer uma diferenciação entre tais recursos. Percebeu-se que; nas crianças autistas pesquisadas; a diferenciação entre a repetição e a ecolalia centrava-se em três características nas emissões ecolálicas: ausência de contato visual; atividade motora constante e reprodução fiel de recursos como alongamento vocálico; entonação e alteração de tom. Como conclusão; percebeu-se que os recursos lingüísticos verbais e prosódicos desempenharam o papel de articular os segmentos do discurso; destacar aspectos importantes do texto falado; facilitar a compreensão; orientar o interlocutor durante a interação; traduzir o estado emocional dos interactantes e facilitar o acesso ao significado do discurso. Os recursos paralingüísticos operaram no processamento do texto falado; na organização do pensamento dos interactantes; na delimitação dos tópicos; na ênfase; e chamaram a atenção de forma decisiva na manutenção da interação. Destaca-se; ainda; que a utilização equilibrada dos recursos estudados; como observada nos turnos das terapeutas; permitiu uma melhor formulação do texto falado. Constatou-se; também; que; diante do imediatismo da interação face a face; é extremamente difícil estabelecer a diferença entre a ecolalia e a repetição; sugerindo; portanto; que ambas devam ser significadas no processo terapêutico; permitindo ao seu usuário maiores possibilidades discursivas
     
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