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Título:  
  Escolha e desempenho no trabalho de adultos com deficiência mental
Autor:  
  Giovana Escobal   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFSCAR/EDUCAÇÃO ESPECIAL (EDUCAÇÃO DO INDIVÍDUO ESPECIAL)
Área Conhecimento  
  EDUCAÇÃO ESPECIAL
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2007
Acessos:  
  307
Resumo  
  A habilidade de fazer boas escolhas é fundamental para o sucesso da adaptação de indivíduos em seu ambiente social e relaciona-se com importantes questões de programação de ensino e de tratamento clínico para deficientes mentais. Apesar dessa importância, pouco se sabe sobre seus efeitos em ambientes de trabalho para esses indivíduos. O presente estudo analisou o comportamento de escolha de indivíduos deficientes mentais sob duas condições de trabalho e avaliou a influência da situação de escolha e de não escolha sobre parâmetros de desempenho nessas condições. Quatro indivíduos deficientes mentais adultos aprenderam uma tarefa de trabalho com e sem arranjo instrucional. A tarefa consistia em montar capas de blocos de anotações por meio da colagem de pedaços de papel dobradura sobre papel cartão. O arranjo, desenvolvido para a tarefa de trabalho, continha dispositivos para colocação de papel, fundo de capas de bloco de anotações e cola. Seu objetivo foi prover assistência imediata, aumentar ou manter a freqüência do comportamento e prevenir erros na rotina da tarefa. Em seguida, os participantes realizaram a tarefa alternadamente, sob esquemas múltiplos de reforçamento, ou sob esquemas concorrentes com encadeamento, organizados em um delineamento experimental de múltiplos elementos. Nos esquemas múltiplos, os componentes se alternavam de forma quase randômica e diferiam com relação à presença ou ausência do arranjo instrucional. Nos esquemas concorrentes com encadeamento, o participante pôde escolher, no primeiro elo, sob esquemas de razão fixa (FR 1), a alternativa, com ou sem arranjo instrucional, com a qual trabalharia no segundo elo. O desempenho sob esquemas múltiplos, sem escolha do componente, foi comparado com o desempenho sob esquemas concorrentes com encadeamento, em que os participantes puderam escolher a alternativa com que iriam trabalhar para verificar a função da escolha sobre o desempenho nas alternativas, com e sem arranjo. Ao longo de todas as fases do estudo, à medida que o participante apresentasse erros, eram fornecidas instruções verbais, gestuais, e modelo. Inicialmente eram apresentadas instruções verbais, seguidas de gestuais e modelo, até que a resposta correta fosse emitida. Na fase de ensino, os participantes aprenderam os seis passos da tarefa e houve maior quantidade de instrução na presença do componente A, sem arranjo. Na fase de linha de base, nas tentativas com esquemas múltiplos, houve maior quantidade de instrução na presença do componente A, e nas tentativas com esquemas concorrentes com encadeamento, houve maior quantidade de instrução na alternativa com arranjo. Nessa, tanto em esquemas múltiplos como em esquemas concorrentes com encadeamento, três dos participantes concluíram a tarefa mais rapidamente quando na presença do arranjo. Na situação de escolha, dois participantes apresentaram preferência pela alternativa com arranjo, enquanto dois distribuíram suas escolhas igualmente entre as duas alternativas. Três dos quatro participantes apresentaram um número de erros bastante reduzido e relativamente bem distribuído dentre as alternativas. A alternativa com arranjo instrucional mostrou ser uma opção preferível, sob o ponto de vista do indivíduo com deficiência mental. Além disso, trabalhando na presença do arranjo, os participantes concluíram a tarefa mais rapidamente e mantiveram o número de erros em nível baixo. A escolha foi exercida, portanto, sem prejuízo de seu desempenho nos parâmetros analisados. O estudo contribui para o desenvolvimento de programas de capacitação profissional do deficiente mental severo e traz implicações práticas importantes para o planejamento de ensino para essa população.
     
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