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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
2,31
MB
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Título: |
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O Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008) |
Autor: |
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João Márcio Mendes Pereira
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFF/HISTÓRIA |
Área Conhecimento |
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HISTÓRIA |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2009 |
Acessos: |
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1.957 |
Resumo |
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O foco desta pesquisa é a ação do Banco Mundial; as pressões que a modelaram e os
interesses a que serviu ao longo da sua história. O trabalho se apóia empiricamente em fontes
documentais do próprio Banco e em extensa literatura estrangeira. A hipótese central é de que
o Banco age; desde as suas origens; como um ator político; intelectual e financeiro; e o faz
devido à sua condição singular de emprestador; formulador de políticas; ator social e produtor
e/ou veiculador de idéias sobre o que fazer; como fazer; quem deve fazer e para quem em
matéria de desenvolvimento capitalista. Ao longo da sua história; o Banco sempre explorou a
sinergia entre dinheiro; prescrições políticas e conhecimento econômico para ampliar sua
influência e institucionalizar sua pauta de políticas em âmbito nacional; tanto por meio da
coerção (constrangimento junto a outros financiadores e bloqueio de empréstimos) como;
mais frequentemente; da persuasão (diálogo com governos e assistência técnica). A tese
mostra que os atributos de poder que gradualmente deram ao Banco uma condição ímpar
entre as demais organizações internacionais criadas no pós-guerra decorreram de
contingências históricas; decisões institucionais e; fundamentalmente; da supremacia norteamericana.
O Banco foi; em grande medida; uma criação dos Estados Unidos e a sua subida à
condições de organização internacional relevante foi escorada; do ponto de vista político e
financeiro; pelos EUA; que sempre foram o maior acionista e o membro mais influente. As
relações com os EUA; sob a forma de apoio; injunções e críticas; foram decisivas para o
crescimento e a configuração geral das políticas e práticas institucionais do Banco. Em troca;
os EUA se beneficiaram largamente da ação do Banco em termos econômicos e políticos;
mais do que qualquer outro grande acionista; tanto no curto como no longo prazos. As
relações com o poder norte-americano foram e continuam sendo fundamentais para a
definição da direção; da estrutura operacional e das formas de atuação do Banco. Por sua vez;
a política norte-americana para o Banco sempre foi objeto de disputa entre interesses
empresariais; financeiros; político; ideológicos e de segurança diversos; às vezes radicalmente
diversos; quanto ao papel da cooperação multilateral e da assistência externa ao
desenvolvimento capitalista. Com o passar do tempo; tal disputa passou a envolver um
número cada vez maior e diversificado de atores políticos e econômicos; inclusive
organizações não-governamentais baseadas em Washington DC e internacionais. |
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