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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
2.47
MB
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Título: |
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Estudo Doppler-ecocardiográfico em atletas de diferentes modalidades esportivas |
Autor: |
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André dos Santos Moro
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UNESP/BOT/FISIOPATOLOGIA EM CLÍNICA MÉDICA |
Área Conhecimento |
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MEDICINA |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2009 |
Acessos: |
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574 |
Resumo |
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A expressão "coração de atleta" é normalmente usada para caracterizar os efeitos cardiovasculares do condicionamento físico à longo prazo, em atletas competitivos e altamente treinados. Sabe-se que o exercício físico é um fator estimulante para o desenvolvimento de hipertrofia ventricular esquerda, podendo esta variar de acordo com a característica do esporte. Assim, o coração do atleta apresenta alterações morfológicas e funcionais resultantes de intenso treinamento físico. Embora muitos estudos mostrem alterações cardíacas induzidas pelo exercício, há poucos relatos sobre a adaptação dos ventrículos esquerdo (VE) e direito (VD) em atletas de futebol, ciclismo e corridas de longa distância. Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar por meio da Doppler-ecocardiografia, a estrutura e funções sistólica e diastólica do coração de atletas dessas modalidades esportivas, comparando-as entre si e com indivíduos não-atletas. Neste estudo prospectivo, observacional e transversal, foi realizado ecocardiograma transtorácico, provido da técnica do Doppler tissular, e eletrocardiograma de 12 derivações em repouso em futebolistas profissionais, ciclistas e corredores de longa distância. Foram estudados 57 atletas e 36 indivíduos não-atletas, todos homens, com idades de 32,9±8,4 e 30,4±11,1 anos, respectivamente. As comparações foram realizadas por ANCOVA (idade como co-variante) complementada pelo teste de Tukey (p<0,05). As comparações das freqüências de alterações eletrocardiográficas entre os grupos foram realizadas pelo teste de Goodman para contrastes entre populações multinomiais. Os atletas apresentaram aumento do volume do átrio esquerdo, da espessura do VE e dos diâmetros diastólicos do VE (DDVE) e VD (DDVD) em relação aos sedentários. O volume do átrio esquerdo e o DDVE foram maiores nos ciclistas em relação aos corredores, e o DDVD foi maior nos ciclistas em relação aos futebolistas. O índice de massa do VE foi maior nos atletas, já os ciclistas apresentaram valores maiores que corredores e futebolistas. Não houve diferença significante da função sistólica do VE entre os grupos. O único índice alterado de função diastólica do VE foi o maior valor da relação E/A nos ciclistas em relação ao grupo controle. Não houve diferença na relação E/Em, avaliado pelo Doppler tissular. A função sistólica do VD avaliada pelo Doppler tissular mostrou valores maiores nos ciclistas e futebolistas em relação aos corredores. Não houve diferenças conclusivas em relação à função diastólica do VD. Em relação ao eletrocardiograma, observou-se bradicardia sinusal e bloqueio atrioventricular de primeiro grau com maior freqüência em corredores em relação aos sedentários. Sobrecarga ventricular esquerda e alteração da repolarização ventricular foram mais freqüentes nos atletas em relação aos não-atletas. Sobrecarga atrial esquerda foi mais freqüente nos corredores em relação aos futebolistas. Em conclusão, futebolistas, corredores e ciclistas apresentam remodelamento cardíaco caracterizado por hipertrofia ventricular esquerda, aumento nas dimensões de ventrículo esquerdo, átrio esquerdo e do ventrículo direito. Há indícios de maior remodelamento cardíaco entre os ciclistas em relação aos corredores e futebolistas. As funções sistólicas de ambos os ventrículos não são diferentes entre os atletas e os não-atletas. Em relação à função diastólica, o VE de ciclistas apresenta padrão supranormal em relação ao grupo controle. Ao eletrocardiograma, sobrecarga ventricular esquerda e alteração da repolarização ventricular são mais freqüentes em atletas. Bradicardia sinusal e bloqueio atrioventricular de primeiro grau são mais freqüentes em corredores. |
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