|
|
Tipo de Mídia:
Texto
|
|
Formato:
.pdf
|
Tamanho:
4.33
MB
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Título: |
|
No meio do caminho: tensões presentes nas representações sobre o futebol e o ideal de modernidade brasileira na década de 1950 |
Autor: |
|
Miguel Archanjo De Freitas Junior
|
Categoria: |
|
Teses e Dissertações |
Idioma: |
|
Português |
Instituição:/Parceiro |
|
[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
|
Instituição:/Programa |
|
UFPR/HISTÓRIA |
Área Conhecimento |
|
HISTÓRIA |
Nível |
|
Doutorado
|
Ano da Tese |
|
2009 |
Acessos: |
|
197 |
Resumo |
|
O objetivo do presente trabalho é estudar, a partir do escrito de cronistas e
memorialistas dos anos 1950, como o desenvolvimento do futebol expressou o
contraditório processo de inscrição da sociedade brasileira na modernidade, aberta pela
expansão capitalista do momento pós-guerra. Esses cronistas, muitas vezes, construíram
a imagem dramatizada da angústia nacional em superar o atraso, em vencer o
subdesenvolvimento para provar que eram um país civilizado. O futebol se apresenta,
assim, como uma evidência do caráter nacional brasileiro. Desse modo, buscou-se
perceber como os cronistas e memorialistas representaram as derrotas nas Copas do
Mundo de 1950 e 1954, bem como a vitória brasileira em 1958. Constatou-se que os
cronistas do Jornal dos Sports seguiam o ideal estabelecido por Mario Filho, na época
dono do periódico. De acordo com a visão desse literato, era fundamental a obtenção do
título para que ocorresse a afirmação das pessoas de cor na sociedade brasileira, algo
que era apontado como um dos principais dilemas da modernidade nacional. Ao analisar
a documentação, verificou-se que as crônicas eram eivadas de valores passionais,
criando representações variadas sobre os acontecimentos, estratégia utilizada para que
os literatos pudessem controlar os sentimentos dos torcedores ora através do medo,
ora através da expectativa e confiança no futuro e, em outros momentos, através do
resgate de pontos positivos, mesmo diante de situações adversas. Tal situação gerou a
tensão de um discurso que buscava incorporar elementos emergentes e modernizadores,
mas que não conseguiu abandonar os valores passionais. Na visão dos literatos, a vitória
em 1958 foi decorrente do amadurecimento do povo brasileiro, que conseguiu se
libertar do sentimento de inferioridade que o acompanhava. Por isso, essa vitória
apresentou um grande significado simbólico, já que permitiu aos cronistas afirmarem
que o Brasil não possuía apenas os melhores jogadores, mas também um povo vibrante
e promissor, representado por aqueles atletas, que sintetizavam a identidade do país de
JK. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|