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Título:  
  Curso clínico da mielite transversa aguda idiopática em uma coorte de pacientes do Rio de Janeiro
Autor:  
  Marina Papais Alvarenga   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UNIRIO/NEUROLOGIA
Área Conhecimento  
  MEDICINA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  391
Resumo  
  INTRODUÇÃO: Mielite transversa aguda idiopática (MTAI) é uma síndrome neurológica resultante do acometimento inflamatório da medula espinhal caracterizada por diferentes graus de disfunção motora; sensitiva e/ou autonômica; com remissão variável; de causa desconhecida e curso monofásico ou recorrente. O diagnóstico exige a exclusão de causas compressivas e não compressivas de lesão medular. As MTAI vêm sendo estudadas na última década no espectro da neuromielite óptica (NMO). Os novos critérios de diagnóstico de MTAI (2005) definem duas formas de apresentação clínica; parcial e completa. As formas parciais relacionam-se a esclerose múltipla (EM) e as completas ao espectro da NMO. OBJETIVOS: Descrever as características demográficas; clínicas e laboratoriais de pacientes com MTAI do Rio de Janeiro. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo foi realizado a partir de casos consecutivos de mielites agudas identificados no arquivo médico do ambulatório de doença desmielinizante do Hospital da Lagoa; atendidos 2000 e 2008 e acompanhados longitudinalmente por pelo menos seis meses. Foram selecionados pacientes com MTAI de curso clinico monofásico ou recorrente e analisados dados demográficos; clínicos e laboratoriais; em especial; de ressonância magnética (RM) de crânio e coluna; estudo do líquido cefalorraquidiano (LCR); potencial evocado visual (PEV) e estudo do anticorpo IgG-NMO. As disfunções e incapacidade foram estadiadas pela escala de FS/EDSS de Kurtzke. Análise estatística foi realizada utilizando programa SPSS versão 1.4 e os dados foram sumarizados em médias; medianas e proporções. RESULTADOS: Dos 41 casos de MTA idiopática; a maioria era de mulheres (68%) e brancos (66%) e com idade mediana de 36;95±11;8 anos (12 a 64 anos) no primeiro evento medular. Ao longo de um tempo mediano de observação de 36 meses (mínimo de setes e máximo de 180) 39% permaneceram monofásicos e 61% evoluíram com recorrências. O número de mielites variou de um a sete. Analisando a primeira MTA ocorreu acometimento parcial sensitivo motor na maioria (63;4%); afetando principalmente os membros inferiores e um dimídio corporal com importante recuperação. A RM de coluna vertebral realizada neste primeiro evento foi normal em 12% e lesão extensa identificada em 61%. Formas monofásicas caracterizaram-se por disfunção motora e esfincteriana mais graves na fase aguda da mielite inicial e mais graves seqüelas; porém a longo prazo formas monofásicas e recorrentes evoluíram com disfunções e incapacidade leves. A RM de coluna seriada foi o método mais útil para confirmação de inflamação medular (92%). O principal achado foi de extensa lesão em T2 (61%). A RM de crânio foi normal ou não sugestiva de EM em 94;4% dos casos. Análise do LCR demonstrou pleocitose em 41;17%; aumento do Índice de IgG em 24% e presença de bandas oligoclonais em 38% dos 34 casos analisados. O PEV esteve alterado em 11;5% dos 26 pacientes que realizaram o exame. Foi encontrada positividade do IgG-NMO em 23;5% dos 17 casos testados. CONCLUSÕES: MTAI em pacientes do Rio de Janeiro afetam preferencialmente mulheres brancas; na quarta década de vida e evoluem de forma recorrente; a forma mais freqüente de apresentação é a mielite parcial ocasionando disfunção motora e sensitiva em membros inferiores ou em um dimídio corporal; formas monofásicas apresentam-se com mielites completas e disfunções motoras e sensitivas graves associadas a alterações esfincterianas; com remissão importante enquanto que as formas recorrentes apresentam-se com síndromes medulares parciais e disfunções motoras e sensitivas leves a moderadas e sem alterações esfincterianas; porém; ao longo da doença ocorrem eventos de mielites completas em quase a metade dos casos; a morbidade a longo prazo em ambos os grupos indica bom prognóstico; persistindo incapacidade grave interferindo na deambulação em um quarto dos pacientes; RM de coluna vertebral seriada foi o método mais útil para a confirmação da inflamação medular na quase totalidade dos casos; demonstrando lesões extensas longitudinais maiores do que três segmentos vertebrais em dois terços; o estudo do LCR; realizado na metade dos casos na fase aguda da mielite foi normal na maioria dos pacientes contribuindo em menor escala para a confirmação da inflamação; RM de crânio sugestiva de EM e PEV alterado foram raramente identificados; a positividade do anticorpo IgG-NMO ocorreu em cerca de um quarto dos casos testados; sugerindo formas limitadas de NMO.
     
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