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Título:  
  Descoloração de corantes têxteis reativos por fungos ligninolíticos e por lacase
Autor:  
  Daiane Cristina Lenhard   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UEM/ENGENHARIA QUÍMICA
Área Conhecimento  
  ENGENHARIA QUÍMICA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2006
Acessos:  
  278
Resumo  
  Neste trabalho a descoloração de corantes têxteis foi avaliada utilizando-se fungos ligninolíticos e a enzima lacase. Inicialmente, foi avaliada a descoloração do corante reativo Remazol Brilliante Blue R (RBBR) por culturas de isolados de Pleurotus Pulmonarius, Lentinus edodes e Ganoderma lucidum em diferentes meios. Em seguida, as descolorações de nove corantes reativos e de um efluente de lavanderia foram avaliadas, utilizando-se a enzima lacase produzida por P. pulmonarius. Em um primeiro teste, discos de meio sólido com cada um dos fungos foram inoculados em tubos contendo meio mínimo com glicose e 0,5 g/L do corante RBBR. Após 15 dias de experimento verificou-se que todos as espécies estudadas degradaram o corante em alguma proporção. No entanto, apesar do G. lucidum e do P. pulmonarius degradarem o corante em mais de 90%, a degradação por L. edodes não passou de 20%. Para os testes em que uma solução do corante RBBR 0,5 g/L foi inoculada com cultura líquida dos fungos G. lucidum, L. edodes e P. pulmonarius, por 10 dias a 28ºC, somente o G. lucidum foi capaz de degradar o corante, atingindo uma descoloração de 90%. Um teste sucessional dos fungos, na seqüência G. lucidum - G. lucidum - L. edodes, foi avaliada nas mesmas condições, sendo que cada isolado permaneceu sete dias em contato com a solução do corante. Uma degradação final de 78,5% foi observada no vigésimo primeiro dia de experimento. A degradação do corante foi então avaliada em meio mínimo com glicose (1 g/L) concentrado e diluído 1:10, 1:50 e 1:100, acrescido de 0,5 g/L do corante. As mesmas espécies fúngicas foram utilizadas sendo que a maior descoloração observada foi de 89% em meio mínimo com glicose concentrado utilizando-se G. lucidum. Devido às baixas descolorações obtidas pelos isolados de P. pulmonarius e L. edodes nos meios utilizados anteriormente, foi avaliada a adição de outros nutrientes (extrato de malte e peptona, além da glicose) ao meio mínimo. Os melhores resultados para P. pulmonarius e L. edodes foram observados utilizando-se meio mínimo acrescido de 1g/L de glicose, 1g/L de extrato de malte e 0,1g/L de peptona e 0,5 g/L de RBBR, e meio mínimo acrescido de 1g/L de extrato de malte e 0,5 g/L de RBBR. Para ambos os fungos a descoloração foi em torno de 90% utilizando-se estes meios. Em todos os meios testados, G. lucidum descoloriu em mais de 85% o corante. Os melhores resultados para este fungo, em torno de 96%, foram obtidos utilizando-se meio mínimo acrescido de 0,1g/L de glicose e 0,5 g/L de RBBR, e meio mínimo acrescido de 1g/L de extrato de malte e 0,5 g/L de RBBR. Com base nestes resultados, um novo teste sucessional foi realizado. A mistura reacional consistiu de meio mínimo acrescido de 1g/L de glicose, 1g/L de extrato de malte, 0,1g/L de peptona e 0,5 g/L do corante RBBR. A primeira espécie inoculada à mistura foi P. pulmonarius, permanecendo sete dias. Em seguida, após filtração e autoclavagem do meio, este foi inoculado com L. edodes que permaneceu por mais sete dias e em seguida, repetiu-se o procedimento inoculando-se G. lucidum. Ao final do experimento foi verificada uma descoloração de 69%. Os experimentos de descoloração fúngica mostraram que os isolados de P. pulmonarius e L. edodes necessitam de outras fontes de nutrientes além da glicose, enquanto G. lucidum mostrou-se capaz de descolorir o corante mesmo em meio acrescido somente de pequena quantidade de glicose. Em uma segunda etapa do trabalho utilizou-se a enzima lacase bruta de P. pulmonarius para descoloração dos corantes reativos: RRBB, Azul BF-R, Azul turquesa, Azul marinho-BLE, Amarelo-3R, Amarelo-GLE, Vermelho-4B, Vermelho escarlate, Preto, Cinza, além do efluente de uma lavanderia local. Verificou-se que todos os corantes foram descoloridos em alguma extensão pela lacase, no entanto, os resultados de descoloração para os corantes vermelho escarlate, vermelho 4b, amarelo 3r e cinza (em 480 nm) foram inferiores a 20%. O efluente foi descolorido em 40% pela lacase purificada.
     
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