|
|
Tipo de Mídia:
Texto
|
|
Formato:
.pdf
|
Tamanho:
666,72
KB
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Título: |
|
Violência contra a criança: formação, conhecimento, percepção e atitude de profissionais da saúde e da educação |
Autor: |
|
Ana Paula Dossi
 |
Categoria: |
|
Teses e Dissertações |
Idioma: |
|
Português |
Instituição:/Parceiro |
|
[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
|
Instituição:/Programa |
|
UNESP/Araç/ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SOCIAL |
Área Conhecimento |
|
ODONTOLOGIA |
Nível |
|
Doutorado
|
Ano da Tese |
|
2009 |
Acessos: |
|
283 |
Resumo |
|
A violência intrafamiliar contra a criança é, sem dúvida, uma das mais cruéis formas de agressão.
Este estudo tem por objetivos: a) evidenciar possíveis situações de violência vividas na infância
por adolescentes, b) avaliar a formação e o conhecimento dos professores de educação infantil
sobre o tema, c) averiguar o conhecimento dos profissionais da saúde que atuam na atenção
básica do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre a notificação de violência contra crianças. O
projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOA-UNESP (2007-01343). Para
aferir a ocorrência e a severidade de maus-tratos na infância, realizou-se estudo tipo inquérito
com 372 adolescentes com idade entre 14 a 17 anos, matriculados em uma instituição pública de
formação profissional de Araçatuba-SP em 2008. Utilizou-se instrumento traduzido, validado e
auto-aplicável. O segundo estudo desenvolveu-se nas escolas de Araçatuba-SP e contou com a
participação de 236 professores de educação infantil. Utilizou-se instrumento desenvolvido para
o estudo e as questões receberam tratamento quanti-qualitaivo. A terceira investigação foi
realizada em 4 municípios da região noroeste do Estado de São Paulo: Adolfo, Bady Bassit,
Mendonça e Nova Aliança. Por meio de entrevista estruturada com os profissionais de saúde,
abordou-se a temática violência contra a criança e a notificação compulsória. De acordo com os
resultados: a) 72,3% dos adolescentes sofreram violência na infância, prevalecendo a emocional
no grau leve (28,7%). Foram encontradas associações significativas entre: violência
física/emocional (p=0,0001), física/sexual (p=0,0001), física/negligência emocional (p=0,0001),
sexual/emocional (p=0,0007), emocional/negligência emocional (p=0,0001). b) Quanto ao
recebimento de informações sobre violência contra a criança, 80,9% dos professores afirmaram tê-las recebido e 19,1% negaram. 86,9% afirmaram conhecer os sinais de violência nas crianças,
enquanto que 6,4% alegaram não ter preparo para isso, 6,7% não responderam. Sobre a
notificação, 91,1% sentem-se responsáveis, 7,2% acreditam não ter obrigação e 1,6% não
responderam. Foi verificada associação significativa (p=0,0364) entre obtenção de informações e
o sentimento de responsabilidade. c) Entre os profissionais de saúde, 75,5% não conhecem a
Portaria que obriga a notificação de violência contra a criança e 24,5% afirmaram conhecê-la. No
que se refere à obtenção de informações no local de trabalho, 57,7% não receberam e 43,3%
afirmaram ter sido informados. Em relação à atitude de notificar, 46,0% informam o chefe
imediato, 36,0% fazem a notificação pessoalmente e 18,0% negaram sua realização. Obteve
associação significativa o cruzamento das variáveis: obtenção de informações durante o trabalho
na rede pública de saúde e o ato de notificar os casos de violência (p=0, 0276). Conclui-se que: a)
A maioria dos adolescentes sofreu violência na infância. Existe associação entre algumas formas
de violência como física e sexual. b) A maior parte dos professores recebeu informação e
conhece os sinais de violência, porém não se considera preparada para identificar os casos. c)
Entre os profissionais de saúde, o ato de notificar esteve associado ao recebimento de
informações no local de trabalho. Esses percebem o abuso infantil no seu cotidiano, contudo, a notificação não é uma prática comum entre a maioria. |
|
|
|
|
|
 |
|
|
|