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Título:  
  Sudeste goiano: seus trabalhadores, seus construtores, suas memórias – nossas histórias
Autor:  
  Paulo Cesar Inácio   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFU/HISTÓRIA
Área Conhecimento  
  HISTÓRIA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  173
Resumo  
  O campo construído e reconstruído nas memórias dos trabalhadores do Sudeste Goiano se constituiu na tese que agora apresentamos. Em um processo de leitura e releitura de entrevistas produzidas desde o ano de 2000, buscamos aprofundar alguns significados que as memórias em relação ao campo podem trazer das redefinições das relações de trabalho a que estes trabalhadores estiveram submetidos na segunda metade do século XX. Mantendo um diálogo com as entrevistas produzidas com homens e mulheres, trabalhadores que sofreram redefinições em suas vidas devido à mudança do campo para a cidade, problematizamos produções na história que, colocando campo e cidade apartados na dinâmica de produção e consumo, imputam ao primeiro um espaço em que as pessoas se constituíam a partir de uma situação de miséria econômica e apatia política, condição que seria redimida com a ida para a cidade, local em que o capitalismo propiciaria, pelo trabalho assalariado e pelos avanços tecnológicos, uma redenção das condições vividas no campo. Recusamos uma maneira de pensar em que as memórias dos trabalhadores são postas a reboque de estruturas que são estranhas ao seu mundo, embora em algum momento elas se vejam imbricadas. Essas estruturas, ao mesmo tempo em que imputam pouca relevância política às ações dos trabalhadores do campo, pretendem se constituir porta-vozes autorizadas desses personagens. O tema permitiu que testássemos nossa compreensão de cultura, enquanto indissociável das práticas e expectativas que estes trabalhadores possuíam/possuem. Nesse caminho, refletimos que as pressões, que sofreram e ao mesmo tempo imprimiram em uma realidade movediça, foram determinantes para as redefinições que tanto o campo quanto a cidade experimentaram naquele período. Procuramos no esforço de reconstituir o embate de forças que se revelou nas mudanças não aplainar as memórias, de modo que resultassem em apenas duas memórias, a dominante e a dominada. Em diálogos com autores, principalmente com Alessandro Portelli, identificamos a existência de memórias possíveis nas condições de produção e de elaborações diversas de uma mesma área de pressões, revelando possibilidades disponíveis, que foram ou não usadas pelos muitos protagonistas. A tese permitiu a reafirmação de que as categorias trabalho e trabalhadores se constituem e reconstituem no social, que dá-lhes os limites e as pressões para essa 13 (re)construção, processo sempre aberto, ininterrupto e inacabado nas memórias que são produzidas.
     
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