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Título:  
  A etnoecologia dos tatus-peba (Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) e tatu verdadeiro (Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758) na perspectiva dos povos do semiárido paraibano
Autor:  
  Raynner Rilke Duarte Barboza   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UEPB/CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL
Área Conhecimento  
  INTERDISCIPLINAR
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  446
Resumo  
  Este trabalho teve como objetivo geral obter informações junto a moradores de cinco municípios do semi-árido do Estado da Paraíba (Campina Grande, Monteiro, São Mamede, Sousa, Sumé) acerca dos conhecimentos ecológicos e comportamentais (alimentação, reprodução, habitat, predação e utilização) que os mesmos possuem sobre os tatus-peba (Euphractus sexcinctus) e tatus verdadeiros (Dasypus novemcinctus), bem como analisar e descrever as atividades cinegéticas e finalidades da caça exercida sobre essas duas espécies de tatus, visando subsidiar medidas de conservação e manejo. Para obtenção dos dados, utilizou-se uma combinação de métodos qualitativos e quantitativos. Dentre os métodos qualitativos, destacam-se: entrevistas livres, semi-estruturadas, bola de neve ou “snow Ball – em inglês” e turnês guiadas já os dados quantitativos foram trabalhados em médias e porcentagens simples no software Microsoft® Excel e analisados por meio do cálculo do Nível de Fidelidade (FL). Os dados obtidos foram analisados por meio de uma abordagem emicista/eticista, na qual os conhecimentos tradicionais foram comparados com aqueles correspondentes e/ou correlacionados na literatura científica. Foram contactados 177 homens e 37 mulheres com atividades relacionadas aos tatus, cujas idades variaram de 16 a 77 anos. Os resultados obtidos mostraram que as informações referentes à alimentação, nicho ecológico e reprodução foram descritas de maneira muito elucidativa pela maioria dos entrevistados, demonstrando um profundo conhecimento e percepção sobre a ecologia e biologia das duas espécies de tatus estudadas. Tais níveis de percepção estão diretamente associados a questões regionais e culturais de cada localidade bem como as práticas de criação desses animais em cativeiro. As principais técnicas de caça e captura desses animais foram: Caça com armas de fogo, com cães e o uso de armadilhas como tatuzeiras ou pebeiras, também conhecidas como cachorro-de-arame; e Balde com água. Os povos do semi-árido paraibano utilizam os E. sexcinctus e D. novemcinctus tanto na gastronomia local como para fins medicinais e mágico-religiosos, onde foram documentados usos para o tratamento de 10 condições ou doenças: asma, dor de ouvido, ferimentos, furunculoses, mouquidão, nariz entupido, picadas de insetos, reumatismo, varizes e verrugas. Destaca-se nessa pesquisa o registro da caça para fins recreacionais e comercial por parte dos moradores das localidades estudadas. Sob uma ótica conservacionista, as técnicas e modalidades de caça descritas nesse trabalho podem trazer grandes impactos na dinâmica populacional dessas duas espécies de tatus. Estudos adicionais relativos a atividades de caça serão úteis de modo a contribuir com propostas de normas e leis que possam regular a caça controlada em cada região bem como para implementação de planos de manejo e uso sustentável dessas espécies.
     
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