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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
625.30
KB
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Título: |
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Feminismo e construção de identidades femininas: As meninas, de Lygia Fagundes Telles |
Autor: |
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Natália Ruela
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UEM/LETRAS |
Área Conhecimento |
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LETRAS |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2009 |
Acessos: |
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5,982 |
Resumo |
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Essa dissertação investiga a representação das personagens femininas Lorena, Ana Clara e Lia, protagonistas do romance As Meninas (1973), de Lygia Fagundes Telles. A representação dos corpos femininos, nesse importante romance dos anos 1970, reporta, aparentemente, a modelos estereotipados, ditados pela ideologia patriarcal dominante, e perpetuados pelas tecnologias de gênero, como o cinema, a televisão e a própria literatura. Nesse sentido, convidam a uma aproximação com modelos perdurados pelos tempos, advindos, desde a antiguidade clássica, nas figuras das deusas Hera, Atena a Afrodite. No entanto, a opção da escritora pelo foco narrativo múltiplo possibilita ao/a leitor/a uma maior visão das características individuais de cada uma dessas figuras femininas. Assim, tais representações afastam-se das figuras das deusas e dos conceitos tradicionais quando suas singularidades e seus pensamentos, não vistos pelo outro, são transparecidos por meio do discurso pessoal e do fluxo de consciência. Metodologicamente, essa dissertação transita entre o pensamento estruturalista e o pós-estruturalista, uma vez que se volta para os elementos estruturais que constituem o romance - como o foco narrativo e a tipologia das deusas gregas, proposta por Pravaz (1981) - e, ao mesmo tempo, para o contexto em que ele se insere, sobretudo no que diz respeito ao pensamento feminista que o marca e o constitui. A obra foi analisada a partir dos conceitos operatórios fornecidos pela Teoria crítica feminista. Os resultados apontam para o questionamento dos modelos prontos e taxativos que predeterminam os lugares e papéis fixos para as mulheres. O modo de construção de Lorena, Ana Clara e Lia aponta para novas formas de lidar com a questão do gênero, essas emblemáticas figuras femininas buscam por lugares diferentes e por mudanças representativas relacionadas ao modo de serem e estarem na sociedade, mesmo que caiam, no mais das vezes, em situações que as traem e as colocam impensavelmente no lugar comum a elas determinado pela tradição patriarcal em que foram criadas. |
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