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Título:  
  O projeto do submarino de propulsão nuclear na visão de seus protagonistas uma análise histórica de Geisel a Lula 1974 - 2009
Autor:  
  Fernanda das Gracas Corrêa   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFRJ/HISTÓRIA COMPARADA
Área Conhecimento  
  HISTÓRIA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  455
Resumo  
  Este trabalho é uma análise histórica do projeto de construção do submarino de propulsão nuclear sob a ótica das pessoas que direta ou indiretamente se envolveram com ele. Geisel empreendeu uma política mais autônoma. A Europa passou a ser a região estratégica para a aquisição de tecnologia nuclear. O único país que se mostrou favorável a transferir tecnologia nuclear para o Brasil foi a República Federal da Alemanha (RFA). A idéia de construir um submarino nuclear é produto das negociações entre autoridades políticas brasileiras e autoridades políticas, diplomáticas, científicas e empresariais da RFA. Em 1978, o engenheiro Othon Luiz Pinheiro da Silva voltou ao Brasil após completar seu doutorado em tecnologia nuclear no MIT. O comandante Othon fomentou na Marinha do Brasil a idéia de construir um submarino nuclear. Em função dos acontecimentos no cenário nacional e no cenário internacional, Geisel decidiu construir o submarino nuclear, mas optou por consentir que a Marinha do Brasil conduzisse essa construção. Apesar de Geisel esboçar um projeto de propulsão nuclear naval, foi o projeto elaborado pelo comandante Othon que se transformou no projeto nuclear da Marinha do Brasil. A fim de evitar que as atenções internacionais se voltassem para esse trabalho, Geisel orientou-o para a clandestinidade. Dessa maneira, a idéia de construir um submarino nuclear deixa de pertencer ao programa nuclear brasileiro para pertencer ao programa nuclear paralelo. Figueiredo, ao assumir a presidência, mantém a política de diversificação de parcerias, mantém o acordo nuclear Brasil-RFA de 1975 e mantém o projeto de construção de um reator nuclear. Figueiredo, após observar a atuação dos submarinos nucleares ingleses no Atlântico Sul e perceber as reais intenções dos EUA para com o Brasil, decidiu também apoiar política e financeiramente o projeto de construção do submarino nuclear. Apesar de toda aversão que Figueiredo tinha em relação a Tancredo, essas autoridades uniram forças para que esse projeto sobrevivesse a transição democrática. Sarney, ao assumir a presidência do Brasil, em função do falecimento de Tancredo governou com a equipe ministerial montada este presidente. Sarney só se mostrou favorável e interessado na construção do submarino nuclear após uma comissão verificar irregularidades no programa nuclear brasileiro. Em 1987, Sarney se pronuncia totalmente favorável a essa construção. Apesar de todos os empecilhos que os militares tiveram para dar continuidade ao projeto nuclear da Marinha do Brasil, este projeto sobreviveu aos tempos neoliberais. Os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 deixaram expostas as fragilidades do sistema de defesa dos EUA. Dessa maneira, a hegemonia dos EUA no sistema internacional voltou a ser questionada. Países em desenvolvimento como o Brasil iniciaram uma postura mais decidida e mais autônoma na condução da sua política externa.
     
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