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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
2,68
MB
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Título: |
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Análise psicofísica de medidas subjetivas de tempo em contexto rítmico |
Autor: |
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Thenille Braun Janzen
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Categoria: |
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Psicologia |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[ea] Edição do Autor
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Instituição:/Programa |
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Universidade de São Paulo |
Área Conhecimento |
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NEUROLOGIA |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2009 |
Acessos: |
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1.257 |
Resumo |
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Objetivo. Estudar mecanismos que limitam a precisão em tarefas de produção de ritmos e
sincronização sensório-motora a partir da análise da variabilidade observada em tarefas de
tempo espontâneo, sincronização sensório-motora a pistas periódicas externas luminosas e
sonoras, e ainda, na manutenção da ritmicidade definida por pistas externas, depois destas
serem removidas. Método. Um total de 11 participantes (idade média de ± 23 anos, 5
homens, destros e sem formação musical) executaram tarefas que requeriam a batida do
dedo, com vínculo de ser o mais regular possível, em 3 experimentos: batida de um ritmo
espontâneo, sincronização a estímulos periódicos externos (luminosos e sonoros) com
período de 200 ms, 400 ms e 800 ms, e da manutenção de um ritmo constante definido por
esses estímulos, mesmo depois de sua suspensão. A análise dos dados privilegiou a análise
dos desvios padrão e coeficientes de variação nos experimentos. Resultados. Constatou-se
que a periodicidade média escolhida pelos participantes na tarefa de ritmo espontâneo foi
de 527,5 ms, com desvio padrão de ± 107 ms, correspondendo a uma faixa de frequências
em torno 2 Hz. Também identificou-se que o desvio padrão médio dos participantes nesta
tarefa foi de aproximadamente 29 ms. Com relação aos experimentos de sincronização (e
continuidade) a estímulos periódicos luminosos e sonoros, constatou-se que a
sincronização com estímulos luminosos é significativamente mais imprecisa e variável do
que a sincronia a pistas auditivas (p = 0.005). Essa diferença se manteve mesmo nas tarefas
de continuação, depois das pistas sonoras ou luminosos terem sido suspensas.
Surpreendentemente, a estabilidade das batidas na fase de continuação da ritmicidade
depois da suspensão das pistas externas foi significativamente melhor do que na fase de
sincronia às pistas, tanto luminosas quanto sonoras (p < 0.004). Outro resultado importante
é que o coeficiente de variação mantém-se constante em todas as situações experimentais
em aproximadamente 5%. Discussão. Os dados deste estudo confirmam afirmações da
literatura que sugerem que o tempo espontâneo dos movimentos está em torno de 2 Hz, o
que reforça a idéia que há substratos anatômicos que embasam a escolha de um ritmo
espontâneo que são relativamente constantes entre as pessoas. Também foi possível
confirmar hipóteses sugeridas na literatura de que, a sincronia a estímulos sonoros é
significativamente mais precisa e menos variável que em condições com pistas luminosas.
A maior estabilidade na fase de continuidade do que na fase de sincronia com os estímulos
guia, faz pensar que há interferências das pistas externas ao relógio interno. Conclusão. A
estabilidade do coeficiente de variação em todos os experimentos sugere o envolvimento
direto de mecanismo de acumulação nos relógios internos, pelo menos nas escalas de
tempo dos experimentos (200 a 800 ms). Concluiu-se também que a faixa de 2 Hz presente
em movimentos rítmicos oscilatórios é provavelmente inerente a substratos anatômicos que
são relativamente constantes entre os indivíduos. Finalmente, não foi possível separar a
contribuição do relógio interno à variabilidade das batidas de dedo, pois na continuidade de
batidas em ritmo inicialmente definido por pulsos, luminosos ou sonoros, a estabilidade
melhorou, em vez de piorar.
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