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Título:  
  Enraizamento de estacas de seis espécies nativas de mata de galeria: Bauhinia rufa (Bong.) Steud., Calophyllum brasiliense Camb., Copaifera langsdorffii Desf., Inga laurina (Sw.) Willd., Piper arboreu
Autor:  
  Mary Naves da Silva   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Biologia Geral
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [ea] Edição do Autor
Instituição:/Programa  
  Universidade de Brasília
Área Conhecimento  
  BOTÂNICA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  1998
Acessos:  
  453
Resumo  
  Técnicas de propagação por meio de enraizamento de estacas têm sido amplamente empregadas na fruticultura, floricultura e silvicultura. No entanto, no Brasil, poucos estudos têm sido feitos com espécies nativas. Neste estudo foi testado o enraizamento de estacas caulinares de seis espécies nativas de Mata de Galeria do bioma Cerrado: Copaifera langsdorffii Desf. (copaíba), Tibouchina stenocarpa (DC.) Cogn. (quaresmeira), Piper arboreum Aubl. (pimenta-de-macaco), Inga laurina (Sw.) Willd. (ingá), Calophyllum brasiliense Camb. (landim) e Bauhinia rufa (Bong.) Steud. (unhade- vaca). Foi estudada a influência de diferentes concentrações de ácido indolbutírico, AIB (0, 1000, 2000 e 4000 ppm), em talco, e tratamento com água sob gotejamento no enraizamento de estacas basais e/ou apicais, conforme a espécie, em duas épocas do ano, final das chuvas (março-maio/98) e início da seca (junho/98). Com P. arboreum também foi feito um tratamento onde as estacas foram enraizadas usando água como substrato. Os resultados mostraram que as espécies apresentaram diferentes habilidades para formar raízes adventícias em estacas. As estacas de C. langsdorffii e T. stenocarpa não formaram raízes em qualquer das épocas realizadas, enquanto P. Arboreum e I. laurina formaram raízes nas estacas apicais coletadas nas duas épocas (chuvosa e seca). Porém, as estacas basais de P. arboreum formaram menos raízes do que as apicais e as estacas basais de I. laurina não enraizaram. Já em C. brasiliense observaram-se altas taxas de sobrevivência das estacas coletadas nas duas épocas (final das chuvas e início da seca), mas não houve enraizamento. Por último, as estacas de B. rufa enraizaram somente nas coletas realizadas na estação chuvosa. Os tratamentos auxínicos (AIB) não tiveram efeitos sobre a percentagem final de enraizamento das estacas de P. arboreum (apicais e basais), de I. laurina (apicais) e de B. rufa, bem como sobre a porcentagem final de sobrevivência das estacas de C. brasiliense. Entre as espécies estudadas, as estacas apicais de P. arboreum apresentaram os percentuais de enraizamento mais elevados: de 63% a 83% no período chuvoso e de 63% a 90% no período seco. Nas estacas basais o enraizamento foi menor, variando de 7% a 20%, no período chuvoso, e de 0 a 13%, no período seco. A época de coleta afetou a sobrevivência e o peso seco das estacas apicais de P. arboreum, mas não o número de estacas enraizadas. Já nas estacas basais, onde a capacidade de enraizamento foi menor, a época de coleta afetou o enraizamento das estacas, mas não a sobrevivência. Nas estacas basais houve uma grande mortalidade das estacas nas duas épocas estudadas (chuva e seca). Em geral, os melhores resultados de enraizamento ocorreram na época seca para as estacas apicais e na época chuvosa para as estacas basais. A utilização de água de torneira como substrato proporcionou resultados satisfatórios no enraizamento das estacas basais de P. arboreum tanto em copos (200 ml) com água colocados na casa de vegetação (87%) quanto no tanque com água corrente (77%). Em I. laurina a época de coleta influenciou a sobrevivência das estacas apicais. As estacas coletadas na estação chuvosa apresentaram melhores resultados sobrevivência do que aquelas coletadas na estação seca. Nas coletas feitas no final da época chuvosa obteve-se uma média de 15% de enraizamento e uma variação de 3 a 23% de estacas enraizadas conforme os tratamentos. Na seca a média foi de 7% e a variação foi de 0 a 13%. No período seco as medidas de peso seco das raízes foram mais inferiores do que na época chuvosa. A maioria das estacas vivas de I. laurina que não enraizaram formaram calos, sugerindo que um período maior de observação pode levar à maiores percentuais de enraizamento. Em C. brasiliense a época de coleta influenciou a sobrevivência das estacas, de forma que no período chuvoso a porcentagem média de sobrevivência (81%) foi maior do que na época seca (71%). Bauhinia rufa teve uma baixa capacidade de enraizamento por meio de estacas coletadas nas duas épocas do ano: apenas 3% das estacas enraizaram quando tratadas com 1000 e 4000 ppm de AIB; nos outros tratamentos não ocorreu enraizamento. Pelos resultados, sugere-se que P. arboreum é uma espécie de fácil enraizamento por meio de estacas apicais, nas duas datas estudadas (no final das chuvas e início da seca), mas o uso de estacas basais nestas datas é inviável. Sugere-se também que, devido aos baixos percentuais de enraizamento, nas duas épocas (chuva e seca), I. laurina e B. rufa são espécies de difícil enraizamento por meio de estacas apicais e basais com folhas. Já C. Brasiliense, C. langsdorffii e T. stenocarpa não enraizaram e podem ser consideradas espécies de difícil enraizamento, nestas duas épocas estudadas (chuvosa e seca).
     
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