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Pesquisa por Periodicos CAPES
 
     
 
Título:  
  O capital Imobiliário: acumulação, ciclo e crise
Autor:  
  Paulo Massey Saraiva Nogueira   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UECE/GEOGRAFIA
Área Conhecimento  
  GEOGRAFIA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  718
Resumo  
  Inicialmente; esta pesquisa se deteve sobre alguns aspectos do processo recente de expansão imobiliária comandado pelas incorporadoras monopolistas nacionais. De acordo com esta proposição; interessava não somente descrever esse movimento e evidenciar sua novidade; mas desvelar analiticamente suas contradições. Diante da complexidade do fenômeno; porém; as preocupações relativas às mudanças na paisagem urbana; à dinâmica de valorização dos vetores de expansão imobiliária e às formas de segregação sócio-espaciais no ambiente intra-urbano foram sendo deslocadas para dar lugar ao interesse precípuo em compreender os mecanismos; estratégias e inovações econômico-institucionais acionadas por essas empresas; visando a assegurar sua hegemonia nos processos de incorporação enredados em seus mercados de origem e; principalmente; quando da sua entrada nos mercados locais. A delimitação do propósito investigativo em torno da matriz de financiamento das incorporadoras monopolistas pretendia; pois; captar as determinações essenciais; materiais; do movimento expansivo observado. Tratava-se de compreender a dinâmica interna de capitalização e estruturação financeira dessas empresas nacionais a partir de sua inserção num ambiente econômico intensamente desregulado; mundializado; hiper-especulativo e criticamente instável. É; pois; no interior desse turbilhão que a produção da cidade; especificamente a produção do espaço urbano na forma do ambiente construído; surge como um mercado privilegiado para os agentes das “altas finanças”. Nesse cenário de intensa mobilidade e centralização do capital; a produção imobiliária e o capital financeiro estreitam suas relações por meio de mecanismos que; por um lado; diversificam as formas de captação de recurso para o financiamento da atividade construtiva em suas várias fases e; por outro; tornam possível a valorização financeira dos imóveis a partir da emissão de títulos de dívida e de propriedade negociados no mercado de capitais; lastreados em hipotecas sobre os “bens de raiz” que são os imóveis. Com isso; além de proporcionar ganhos setoriais de produtividade e oportunidades de valorização para essas frações do capital; as alternativas de financiamento da produção e de financeirização dos ativos imobiliários abrem uma fronteira de exploração intensiva e extensiva para o capital em geral; ampliando-se enormemente o potencial de reprodução sistêmica do capitalismo. No entanto; ao invés de suprimir a ocorrência das crises; esta relação intensifica e agrava a tendência imanente à desvalorização geral do capital; numa forma particular de contradição encerrada no processo de circulação do valor pelo ambiente construído. É necessário; contudo; ressaltar um aspecto metodológico fundamental: ao contrário das formas comuns de apresentação; erigidas sobre a delimitação histórica e espacial de objetos empiricamente observados; este trabalho segue um modo de exposição rigorosamente conceitual; que estrutura e dá forma à apresentação dos conteúdos desvelados por meio de longa investigação; e isso pressupõe justamente a realidade imediata dessas experiências.
     
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