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Título:  
  O processo pedagógico e a formação do imigrante alemão nas colônias de Bom Jardim do Sul e Witmarsum (Paraná)
Autor:  
  Rodrigo Eidam   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UEPG/EDUCAÇÃO
Área Conhecimento  
  EDUCAÇÃO
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  755
Resumo  
  Nesta dissertação estuda-se a relação entre processo pedagógico; formação da consciência história e negociação da identidade entre imigrantes alemães vivendo no Paraná; através do caso de duas colônias na região dos Campos Gerais (Paraná). A primeira colônia é Bom Jardim; fundada na década de 1920; que possuía uma escola particular em que todo o processo de ensino e aprendizagem era voltado para continuidade dos ideais alemães segundo a leitura dos líderes da colônia; o que incluía a superioridade racial e cultural do alemão. Com o Estado Novo essa escola veio a ser fechada; seus colaboradores perseguidos e muitos deles presos. Com o fechamento da escola e com o fim do regime de Vargas; esse grupo foi se descaracterizando e atualmente essa colônia fala um alemão arcaico; sendo que as novas gerações mais jovens não têm domínio algum do idioma; e tem pouco interesse pela identidade alemã. A segunda colônia estudada; Witmarsum; foi criada em Santa Catarina e transladada ao Paraná em 1951. Ao contrário de Bom Jardim; passou sem maiores problemas pela ditadura de Vargas; sendo que um dos fatores que resultou predominante para isso foi a identificação equívoca do grupo como alemão pelos representantes do governo; tendo em vista que dominavam um dialeto próprio; uma mescla de alemão; holandês e russo. Com a queda do Estado Novo; a escola da colônia voltou a ensinar o alemão; mantendo em seu currículo escolar o alemão moderno e formal (a escola é supervisionada pela comunidade; com professores do sistema público estadual). A metodologia da pesquisa sustentou-se em entrevistas com colonos idosos em busca de suas memórias sobre relações educativas formais e não-formais; escolares e não escolares; análise de simulação de escolhas morais pessoais diante de uma narrativa fictícia; e estudo de documentos; principalmente fotos e materiais didáticos. Os principais resultados mostram que o processo educacional; diferente em cada colônia; foi um fator significativo no gerenciamento da identidade em função de novos contextos; favorecendo ou não laços de continuidade entre as identidades nacionais originais e a identidade nacional resultante contemporânea de ambas as colônias estudadas. A relutância em integrar-se com a comunidade nacional e manutenção estrita de uma perspectiva educacional que conflitava a identidade alemã com a identidade local (dos “caboclos”) levou a comunidade de Bom Jardim a confrontos que resultaram no esfacelamento da identidade alemã entre seus participantes ao longo do tempo. Por outro lado; a maior abertura e capacidade de negociação da identidade e sua reprodução através da educação; em um contexto histórico distinto; foi um dos fatores que permitiu à colônia Witmarsum a valorização continuada de sua perspectiva da identidade alemã até os dias atuais.
     
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