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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
5.39
MB
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Título: |
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Percepção háptica em crianças com desenvolvimento típico e crianças com distúrbios do desenvolvimento |
Autor: |
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Juliana de Melo Ocarino
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFMG/CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO |
Área Conhecimento |
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FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2009 |
Acessos: |
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1,208 |
Resumo |
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A percepção háptica baseada em ação muscular (tato dinâmico) permite a um indivíduo
perceber dimensões e orientação de objetos através do contato mecânico com uma
pequena porção do objeto. A habilidade de perceber essas propriedades por meio do
tato dinâmico já está bem documentada em indivíduos adultos e saudáveis. Aquisição
dessa habilidade perceptual não tem recebido a mesma atenção na população infantil.
Além disso, como a percepção háptica envolve exploração ativa do meio, restrições de
movimento poderiam interferir nessa habilidade perceptual. Existe uma carência de
estudos que informem sobre a percepção háptica (tato dinâmico) em crianças de
diferentes idades, bem como em crianças com distúrbios do desenvolvimento. Portanto,
os objetivos gerais desta tese foram: 1) investigar o desenvolvimento da percepção
háptica em crianças com desenvolvimento típico, 2) avaliar a percepção háptica de
crianças com distúrbios do desenvolvimento, 3) comparar as habilidades hápticas
dessas crianças com as de crianças com desenvolvimento típico. Para alcançar esses
objetivos, foram realizados dois estudos. No primeiro, a percepção háptica foi avaliada
por meio de uma tarefa de perceber a utilidade funcional de hastes para puxar objetos
em crianças com desenvolvimento típico de 4, 6, 8 e 10 anos de idade e em adultos (12
participantes em cada idade). Para este estudo, foram utilizadas duas hastes retas e
duas em forma de L, com equivalência de massa, mas diferentes momentos de inércia.
O desempenho da criança na tarefa foi avaliado por um índice de concordância
observado no julgamento. A análise dos dados demonstrou que crianças mais velhas (8
e 10 anos) não foram diferentes de adultos (p>0,423) e tiveram índice de concordância
significativamente maior (p=0,001) do que crianças mais jovens (4 e 6 anos de idade), o
que sugere que a percepção haptica avaliada por meio desta tarefa está consolidada a
partir dos oito anos de idade. No segundo estudo, a percepção háptica foi avaliada em
14 crianças com desenvolvimento típico (Grupo DT), 12 crianças com hemiplegia
espástica (Grupo PC) e 10 crianças com síndrome de Down (Grupo SD). Neste estudo,
a percepção háptica foi avaliada por meio de duas tarefas: percepção da utilidade
funcional de hastes para puxar objetos (tarefa 1) e percepção do comprimento de hastes
(tarefa 2). As análises dos dados demonstraram que crianças com distúrbios do
desenvolvimento tiveram índice de concordância significativamente inferior (P<0.05),
sugerindo um possível déficit na habilidade perceptual háptica avaliada na tarefa 1. Na
tarefa 2, modelos de regressão hierárquica demonstraram uma variabilidade significativa
entre crianças (p<0.0001). Parte dessa variância foi explicada significativamente pelo
grupo do qual a criança pertencia (p<0.0001), sugerindo que os comprimentos das
hastes foram percebidos diferentemente em cada grupo. No grupo DT, o momento
principal de inércia de maior magnitude foi um preditor significativo do comprimento
percebido (p<0.0001). Entretanto, o mesmo não foi observado nos outros grupos
(p>0.05), o que sugere que as crianças desses grupos não conseguiram detectar a
informação relevante que suporta a percepção do comprimento das hastes. Os
resultados destes estudos possibilitaram uma melhor compreensão sobre a faixa etária
de consolidação da percepção háptica em crianças típicas, bem como sobre o impacto
de condições como paralisa cerebral e síndrome de Down nas habilidades perceptuais
hápticas avaliadas. |
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