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Título:  
  Determinantes do comportamento forrageador de Melipona scutellaris (Hymenoptera, Apidae, meliponini)
Autor:  
  Ana Carolina Roselino   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  USP/RP/ENTOMOLOGIA
Área Conhecimento  
  ECOLOGIA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  261
Resumo  
  Em insetos sociais, forragear por alimento é um dos mais importantes processos biológicos, uma vez que os indivíduos precisam forragear para coletar alimentos para sustentar a si próprios e aos seus companheiros de ninho. As abelhas sociais, como as abelhas sem ferrão, são um excelente exemplo para estudar a complexidade deste comportamento com características multifatoriais. A idade, o genótipo, a experiência prévia e limiares de respostas específicas individuais, bem como os fatores ambientais, são parâmetros que modulam o início, a continuidade e o fim do processo de forrageamento. Com o objetivo de elucidar a importância dos odores nas decisões de forrageamento da abelha sem ferrão, Melipona scutellaris, abordei as três questões que seguem: (1) As forrageadoras utilizam informação de odor anteriormente aprendida quando procuram por alimento? (2) De que maneira as próprias marcas químicas influenciam nas decisões do forrageamento? (3) Qual é a base neuro-anatômica para a percepção de odor em abelhas sem ferrão? (1) Durante a coleta por alimento, o odor das flores age como um estímulo para as abelhas, quando pareado com o néctar/sacarose, potencialmente resulta na formação do aprendizado associativo. Esta experiência é crucial para a forrageadora decidir se retorna e com que freqüência retorna para uma fonte de alimento. Embora, as forrageadoras de M. scutellaris não mostraram aquisição através do protocolo de reflexo de extensão da probóscide estabelecido para as abelhas melíferas, as forrageadoras usaram a experiência prévia de uma informação de odor quando deviam escolher entre fontes de alimento. (2) Além disso, certas espécies de abelhas sem ferrão usam feromônios para comunicar a localização específica de uma fonte de alimento, as abelhas coletoras deixam um odor particular (pista química com origem na glândula dos tendões) na fonte de alimento durante suas visitas. Quando a abelha retorna ao mesmo local, ela pode usar esta informação química para decidir se visita novamente a fonte ou se desiste, e procura por outra fonte de alimento. Dependente do contexto da experiência prévia, as forrageadoras de M. scutellaris usaram as próprias marcas de odor para evitar flores já visitadas (alimentadores artificiais) ou revisitaram flores que aumentaram em lucratividade depois da primeira visita. (3) O pré-requisito para a percepção e conseqüentemente, para o uso da informação olfatória, é um aparato neurológico adequado para detectar e processar a informação química. O estudo neuro-anatômico do lobo antenal de M. scutellaris revela que a estrutura central olfatória destas abelhas é muito diferente das abelhas melíferas. Surpreendentemente, as forrageadoras de M. scutellaris possuem um macro-glomérulo, o qual é o primeiro macro-glomérulo descrito em operárias da família Apidae. Esta estrutura particular do lobo antenal está potencialmente envolvida no processamento de feromônios (sinais químicos) que têm função crucial nas atividades de forrageamento e defesa do ninho em uma colônia de abelha sem ferrão.
     
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