Portal Domínio Público - Biblioteca digital desenvolvida em software livre  
Missão
Política do Acervo
Estatísticas
Fale Conosco
Quero Colaborar
Ajuda
 
 
Tipo de Mídia: Texto
Formato:  .pdf
Tamanho:  1,61 MB
     
  Detalhe da ibra
Pesquisa Básica
Pesquisa por Conteúdo
Pesquisa por Nome do Autor
Pesquisa por Periodicos CAPES
 
     
 
Título:  
  Experiências comunitárias em saúde mental: repensando a clínica psicológica no SUS
Autor:  
  Karine Cambuy   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  PUCCAMP/PSICOLOGIA
Área Conhecimento  
  PSICOLOGIA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2010
Acessos:  
  366
Resumo  
  Esta pesquisa buscou compreender como vivências comunitárias de psicólogos clínicos poderiam contribuir para ampliação do conceito de clínica psicológica em saúde pública. Delimitou-se como campo deste estudo, as vivências a partir dos Centros de Convivência e oficinas de geração de renda. Trata-se de um estudo qualitativo que utilizou o método fenomenológico para coleta e análise dos dados. Participaram desta pesquisa, seis psicólogos clínicos contratados para trabalhar na rede pública de saúde de Campinas-SP que dispunham de carga horária para ações nos Centros de Convivência ou oficinas de geração de renda. Para a coleta dos depoimentos, foram utilizadas entrevistas do tipo não-diretiva ativa, que partiram de um convite feito pela pesquisadora para que os participantes falassem livremente sobre suas experiências de trabalho na comunidade. Além das entrevistas, a pesquisadora também utilizou registros de reflexões sobre acontecimentos significativos a partir do próprio espaço comunitário onde ela atuava como profissional. Os resultados apontaram que a formação em psicologia clínica voltada para aspectos que transcendem a interioridade do sujeito e ações em espaços coletivos é fundamental para o desenvolvimento da clínica ampliada. Além disso, foi possível concluir que os Centros de Convivência são espaços comunitários onde é possível desenvolver uma clínica ampliada que difere da clínica tradicional. A clínica que acontece nesses espaços é um tipo de prática que não se sustenta pelo sintoma ou pela cura. As ações são pautadas a partir do que é saudável no indivíduo. Foram vários os elementos apontados pelos entrevistados que fazem com que os Centros de Convivência sejam potentes para o cuidado em saúde mental de modo que possamos afirmar sua legitimidade clínica. As atividades nas diversas oficinas trazem vários efeitos positivos na vida das pessoas como: resgate ou descoberta de habilidades e competências, aumento da autonomia e da contratualidade, aumento de auto-estima, ressignificação de experiência de vida a partir de uma produção, possibilidade de passagem de um lugar de sujeito incapaz, improdutivo, para alguém capaz de produzir algo de tenha valor social. Pode-se dizer que o ponto alto desta clínica é a própria convivência que se dá nas diversas oficinas, através de relações e encontros pautados pela solidariedade e respeito às diferenças. Considerando a potencialidade dos Centros de Convivência para cuidado em saúde e para a reforma psiquiátrica, aponta-se a importância de legitimá-los dentro da rede pública de saúde a partir de outras sistematizações teóricas que possam traduzir a riqueza das práticas desenvolvidas nesses espaços.
     
    Baixar arquivo