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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
8,55
MB
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Título: |
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Operários da construção civil: acidentes e reinserção no mercado de trabalho |
Autor: |
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José Roberto Batista
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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UFG/SOCIOLOGIA |
Área Conhecimento |
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SOCIOLOGIA |
Nível |
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Mestrado
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Ano da Tese |
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2010 |
Acessos: |
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178 |
Resumo |
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O presente estudo tem como objetivo conhecer como ocorre o processo de reinserção
no mercado de trabalho dos operários que sofreram acidentes de trabalho e ficaram
com incapacidade física parcial, estabelecendo-se como recorte os trabalhadores da
construção civil na cidade de Goiânia. Optou-se por esses trabalhadores porque eles
utilizam à força física e habilidades manuais no processo produtivo, expondo seus
corpos constantemente aos riscos de um acidente. Buscou-se apresentar uma análise
da transição da sociedade industrial para a sociedade de risco, socialização no
trabalho até a consolidação da sociedade salarial e as transformações ocorridas no
processo de reestruturação produtiva, do fordismo à acumulação flexível. Para isso
destacaram-se dois grupos de autores, no primeiro estão Anthony Giddens e Ulrich
Beck que discutem as conseqüências da modernidade. O segundo é formado pelos
autores que investigam o mundo do trabalho, decidiu-se por aqueles que entendem a
centralidade do trabalho enquanto categoria de análise, dentro de uma visão marxista,
objetivando as relações sociais e as formas de organização do trabalho no contexto
sócio-econômico que as envolvem. Contextualizaram-se os acidentes e mercado de
trabalho como fatores que beneficiam a “des-socialização” dos trabalhadores. Para a
compreensão da gravidade dos acidentes no mundo do trabalho, utilizou-se como
principal fonte de dados as bases oficiais da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os dados indicaram um
cenário precário da situação internacional em relação aos acidentes de trabalho. A
OIT estima que anualmente ocorram 2,2 milhões de mortes decorrentes de acidentes
ou doenças relacionadas ao trabalho. No Brasil, estima-se que aconteçam três mortes
a cada duas horas e três acidentes não fatais a cada minuto. Houve também a
constatação que no setor da construção aconteceram os maiores índices de acidentes
no trabalho. Em razão disso, esses dados consultados evidenciaram que os operários
da construção civil desenvolviam suas atividades em condições precárias. O trabalho
de campo utilizou duas técnicas de pesquisa qualitativa - observação participante e
entrevistas semi-estruturadas. A observação participante permitiu a visibilidade de
um canteiro de obra e atuação dos operários frente ao processo produtivo. Constatouse
que os riscos de danos à saúde do trabalhador são resultados das condições
precárias do ambiente de trabalho e prática de atos inseguros como, por exemplo, o
não uso devido dos EPI’s. Essas práticas de atos inseguros foram analisadas com
base nas Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego. As oito entrevistas realizadas permitiram conhecer a percepção dos
acidentados sobre sua profissão, segurança, prevenção de acidentes, acidente de
trabalho e retorno às suas atividades laborais. Os relatos apresentados pelos
acidentados revelaram o trabalho como meio fundamental de inserção social, todavia
os acidentes de trabalho deixaram seqüelas que impediam o retorno às suas
atividades laborais. |
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