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Título:  
  O uso das plantas no cotidiano da Comunidade Quilombola Kalunga do Mimoso – Tocantins: um estudo etnobotânico
Autor:  
  Fabiane Borges Rocha-Coelho   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFT/CIÊNCIAS DO AMBIENTE
Área Conhecimento  
  BOTÂNICA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2009
Acessos:  
  352
Resumo  
  A comunidade Kalunga do Mimoso de Tocantins, remanescente de quilombos do século XVIII na cidade de Arraias, localiza-se neste município sobre as coordenadas S 13°15.902’ W 47°25.224’. Esta região apresenta-se em ótimo estado de preservação, e é vista com grande interesse para a conservação do bioma Cerrado no Estado. O presente trabalho teve como objetivo realizar o levantamento etnobotânico das espécies vegetais utilizadas com fim alimentício, madeireiro e medicinal na comunidade em questão. Para tanto, realizou-se entrevistas com 12 informantes residentes no local com idades entre 30 e 92 anos, selecionados a partir do método “bola de neve” devido ao reconhecido conhecimento do emprego de plantas por parte dos moradores da comunidade. As plantas citadas durante as entrevistas foram coletadas, identificadas, herborizadas e depositadas no Herbário Tocantins (HTO), situado no NEAMB - UFT Campus de Porto Nacional. Buscou-se a partir do cálculo de Importância Relativa (IR= NSC + NP / Importância Relativa = Número de Sistemas Corporais + Número de Propriedades), admitir quais as espécies medicinais de maior importância para a comunidade. A compilação dos dados mostrou que, as famílias botânicas das Cucurbitaceae, Fabaceae e Solanaceae são as mais consumidas na dieta alimentar dos “kalungueiros”. Frente ao emprego madeireiro prevaleceu a família das Fabaceae seguida pelas Myrtaceae, ambas amplamente abundantes na natureza. Sob o ponto de vista medicinal, destacaram-se as espécies Simaba ferruginea A.St.-Hil, Copaifera langsdorffii Desf., Antonia ovata Pohl., Senna australis Irwin e Barneby, Gossypium barbadense L., Siparuna guianensis (Aubl.) Tulasne e Oxalis sp., as quais obtiveram maiores números de importância relativa. A classe terapêutica de maior representatividade foram os antibióticos, concebendo 23% do total apontado. A parte do vegetal mais utilizada no preparo de remédios foram as folhas, que representaram 41%. Dentre as espécies citadas como medicinal 32,8% apresentam algum tipo de estudo fitoquímico ou farmacológico na literatura. Além disso, confirmou-se que 54% das mesmas foram citadas em manuscritos etnobotânicos realizados no bioma Cerrado. Os dados apresentados e a observação de campo permitem concluir que a planta de maior importância real para a comunidade em questão é o pequi (Caryocar brasiliense Camb.). De modo geral, pode-se afirmar que a comunidade Kalunga do Mimoso de Tocantins em sua forma particular e empírica de relação com a natureza, estabelece o manejo sustentável dos recursos naturais refletindo não somente na conservação do bioma que dispõem, mas, antes de tudo, suprindo suas necessidades enquanto homens e mulheres.
     
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